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Os Beatniks foram um movimento socio-cultural nos anos 50 e princípios dos anos 60 que subscreveram um estilo de vida anti-materialista, na sequência da 2.ª Guerra Mundial.
História
O autor Jack Kerouac introduziu a frase "Geração Beat" em 1948, generalizada do seu círculo social para caracterizar o submundo de juventude anti-conformista, reunida em Nova Iorque naquele tempo. O nome surgiu numa conversa com o novelista John Clellon Holmes (que publicou um romance sobre a Geração Beat, Go, em 1952), junto com um manifesto no The New York Times: "This Is the Beat Generation".[1] Em 1954, Nolan Miller o seu terceiro romance, Why I Am So Beat, relatando as festas de fim-de-semana de quatro estudantes.
O adjetivo "beat" foi introduzido ao grupo por Herbert Huncke, embora Kerouac tenha expandido o significado do termo. "Beat" fazia parte do calão do submundo – o mundo dos vigaristas, toxicodependentes e pequenos ladrões, onde Ginsberg e Kerouac procuraram inspiração. Beat era o calão para "beaten down" ou "downtrodden", ambas expressões que podem significar oprimido, rebaixado, espezinhado. Mas para Kerouac, tinha uma conotação espiritual. Outros adjetivos discutidos por Holmes e Kerouac foram "found" (encontrado, achado) e "furtive" (furtivo). Kerouac alegou que ele tinha identificado (e incorporado) uma nova tendência análoga à influente Geração Perdida.
Em "Aftermath: The Philosophy of the Beat Generation" Kerouac criticou o que ele acreditava ser a distorção das suas idéias:
A Beat Generation, que foi uma visão que nós, John Clellon Holmes e eu, e Allen Ginsberg tivemos, numa maneira ainda mais selvagem, no final dos anos 40, de uma geração de loucos, iluminados hipsters, fez subitamente a América ascender e avançar, seriamente a vadiar e a pedir boleia em todo o lado, esfarrapada, beatificada, bonita de uma nova forma graciosamente feia — uma visão colhida da forma como ouvimos a palavra "beat" pronunciada nas esquinas da rua em Times Square e na Village, na noite dos centros de outras cidades da América pós-guerra — beat, que significa em baixo e de fora mas cheio de uma convicção intensa. Nós até ouvimos o velho 1910 Daddy Hipsters das ruas falar na palavra dessa forma, com um sorriso de escárnio melancólico. Nunca quis dizer delinquentes juvenis, significa características de uma espiritualidade especial que não agia em conjunto mas eram Bartlebies solitários olhando para fora da janela da parede nua da nossa civilização...
Kerouac explicou o que ele queria dizer com "beat" no Forum de Brandeis, "Is There A Beat Generation?" , a 8 de November de 1958, no New York's Hunter College Playhouse. Os oradores para o seminário eram Kerouac, James A. Wechsler, o antropologista de Princeton, Ashley Montagu, e o autor Kingsley Amis. Wechsler, Montague e Amis, todos usavam fato, enquanto Kerouac tinha vestido uns jeans pretos, botas pelo tornozelo e uma camisola ao xadrez. A ler um texto preparado, Kerouac reflectiu sobre os seus primórdios Beat:
É por causa de ser um Beat, que eu acredito que está na beatitude e que Deus amou tanto o mundo que teve que dar-lhe o seu único filho... Quem sabe na verdade, se o Universo não é um vasto mar de compaixão, o verdadeiro mel sagrado, debaixo desta mostra de personalidade e crueldade.
O discurso de Kerouac foi mais tarde publicado como "The Origins of the Beat Generation" (Playboy, Junho de 1959). No artigo, Kerouac realçou a forma como a sua filosofia beatificada original tinha sido ignorada como quando Caen e outros tinham intervindo para alterar o conceito de Kerouac com piadas e jargões:
Numa tarde fui à igreja da minha infância e tive a visão do que "Beat" realmente queria dizer...a visão da palavra Beat como tendo o significado de beatificado... As pessoas começaram a chamar-se a elas mesmas beatniks, beats, jazzniks, bopniks, bugniks e finalmente eu fui apelidado de "avatar" de tudo isto.
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