Livre mercado ou concentração de propriedades? Como explicar os grandes conglomerados da mídia, às vezes multinacionais, com amplo processo de concentração de capitais dominarem a oferta de seus produtos no mercado?
Empresas do capitalismo monopolista que incorporaram importantes fusões não faltam: a Time Life juntou-se com a Warner, e, em seguida com a Internet AOL. A Time Warner, Inc. hoje é o segundo maior ímpério da mídia internacional. O presidente e diretor administrativo é judeu. A subsidiária da Time Warner HBO é a maior rede de TV a cabo paga do país. A Sony incorporou estúdios de cinema e TV, consolidando a convergência virtual típica dos dias de hoje - telefonia, internet e TV a cabo. Esse último, permite vários pacotes e programações variadas como canais de entretenimento, notícias, filmes, e jogos, por exemplo.
No Brasil, Assis Chateubriand criou o Diário dos Associados - grupo poderoso ainda hoje - e viabilizou a TV Tupi. Entretanto, na década de 1960, especialmente após o golpe de 1964, a Rede Globo, em parceria com os militares, aproveitou a oportunidade dada para se consolidar como a principal emissora de TV do país. De lá para cá, a Globo ocupou posição central no sistema brasileiro de mídia e tornou-se protagonista de muitos eventos, inclusive os ligados à política. Para Lembrar: o esquema destinado a afundar a vitória de Leonel Brizola no Rio de Janeiro em 1982; a colaboração para eleição de Fernando Collor em 1989; em 1994, um Ministro de Estado, foi flagrado, através de uma falha técnica, explicando a parceria da Globo com o governo FHC.
Depois dos noticiários da TV, os jornais diários são o meio de informação mais influente nos Estados Unidos. Sessenta milhões deles são vendidos diariamente. Estes milhões estão divididos entre aproximadamente 1.500 publicações diferentes. Hoje, a maioria dos jornais "locais" é propriedade de um número relativamente pequeno de grande companhias controladas por executivos que vivem e trabalham a centenas ou até a milhares de quilômetros de distância. O fato é que apenas 25% dos 1.500 jornais do país são independentes; o resto pertence a cadeias de vários jornais.