O fenômeno passa a ser mais visível a partir das 2h30 (pelo horário de Brasília) da madrugada desta terça-feira, emanando da constelação de Leão (daí o nome).
“Esta chuva não será muito intensa”, informa Gabriel Hickel, astrônomo da Universidade Federal de Itajubá (MG). “Para o máximo, entre as 3h e 05h30 do dia 18, as regiões Norte e Nordeste do país devem esperar cerca de 6 a 10 meteoros por hora. As regiões Centro-Oeste e Sudeste deverão ver entre 4 e 7 meteoros por hora. Já a Sul deve esperar taxas de 3 a 5 meteoros por hora.”
E a boa notícia: a Lua minguante deve interferir pouco na observação. O fenômeno acontece quando a Terra atravessa a nuvem de detritos deixada pelo cometa 55P/Temple-Tuttle. Ou seja, é a poeira do astro, entrando em alta velocidade na atmosfera, que produz as chamadas estrelas cadentes. Como faz já 15 anos desde a última passagem do cometa por essas redondezas, a quantidade de fragmentos presentes é menor, e por isso a chuva deve ser menos espetacular do que em anos anteriores. Mas os meteoros são marcados por seu brilho intenso, de forma que vale ficar de olho.
Desnecessário dizer que o fenômeno não apresenta nenhum perigo e é absolutamente democrático: dispensa o uso de qualquer instrumento óptico. “Você só precisa dos seus olhos, uma cadeira de praia e motivação”, diz Hickel. “Não há região específica do céu a olhar. O ideal é procurar um lugar escuro, longe da poluição luminosa das grandes cidades, com o horizonte livre (sem edificações, árvores ou morros próximos) e deitar-se em uma cadeira de praia, de modo a ver o máximo de céu possível. Tenha paciência e não espere um show pirotécnico. Observe por pelo menos 1 hora para ver um número razoável de meteoros.”
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