Com o fim da guerra na Europa e a queda de Napoleão em 1814, as razões da permanência da Corte no Brasil aparentemente já não existiam. Dom João decidiu permanecer na Colônia e em dezembro de 1815 elevou o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves. Meses depois a morte da rainha, seria sagrado rei de Portugal com o título de Dom João VI.
Em agosto de 1820 irrompeu em Portugal uma revolução liberal, inspirada nas idéias ilustradas. Lá havia profunda crise política, causada pela ausência do rei e dos órgãos de governo; crise econômica, resultante em parte da liberdade de comércio de que se beneficiava o Brasil; crise militar, conseqüência da presença de oficiais ingleses nos altos postos do exército português. Ainda neste ano os revolucionários estabeleceram em Portugal uma junta provisória para governar em nome do rei e exigiram a sua volta para a metrópole.
Opunha-se ao retorno do monarca o “partido brasileiro”, constituído por grandes proprietários rurais das capitanias próximas à capital, burocratas e membros do judiciário nascidos no Brasil. Além de uma corrente de opinião e articulação política engendrada, sobretudo, através das lojas maçônicas.
Finalmente em abril de 1821, Dom João VI regressou a Portugal, acompanhado de 4 mil patrícios, ficando em seu lugar o príncipe regente, seu filho Pedro. Nos meses seguintes ocorreram no Brasil, as eleições para as Cortes. Quase todos os eleitos eram nascidos no Brasil, entre eles, Cipriano Barata, Padre Feijó, Nicolau Vergueiro e os irmãos Andradas, políticos de relevo nos anos seguintes da história do Brasil.
Ainda em 1821 decidiu-se transferir para Lisboa as principais repartições instaladas no Brasil, com isso determinou-se a volta para Portugal do príncipe regente. O “partido brasileiro” concentrou seus esforços na permanecia de Dom Pedro no Brasil. Decisão solenizada no “dia do fico”, dia 9 de janeiro de 1822.
Os atos do príncipe regente posteriores ao “fico” foram de ruptura. Exemplo disso fora a formação de um novo ministério composto por portugueses, mas cuja chefia coube ao brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva. Bonifácio era contraditório, ao mesmo tempo em que defendia idéias progressivas no campo social como o fim da escravidão, a reforma agrária e a livre entrada de emigrantes no país, e de forma conservadora também considerava adequada a forma monárquica de governo.
A chegada de despachos de Lisboa que revogavam decretos do príncipe regente, e determinavam mais uma vez seu regresso a Lisboa e acusavam os ministros de traição deu alento à idéia de rompimento definitivo.
Em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho do Ipiranga, Dom Pedro proferiu o grito do Ipiranga, formalizando a independência. A 1º de dezembro, com apenas 24 anos, o príncipe regente é coroado Imperador, recebendo o título de Dom Pedro I.
Em agosto de 1820 irrompeu em Portugal uma revolução liberal, inspirada nas idéias ilustradas. Lá havia profunda crise política, causada pela ausência do rei e dos órgãos de governo; crise econômica, resultante em parte da liberdade de comércio de que se beneficiava o Brasil; crise militar, conseqüência da presença de oficiais ingleses nos altos postos do exército português. Ainda neste ano os revolucionários estabeleceram em Portugal uma junta provisória para governar em nome do rei e exigiram a sua volta para a metrópole.
Opunha-se ao retorno do monarca o “partido brasileiro”, constituído por grandes proprietários rurais das capitanias próximas à capital, burocratas e membros do judiciário nascidos no Brasil. Além de uma corrente de opinião e articulação política engendrada, sobretudo, através das lojas maçônicas.
Finalmente em abril de 1821, Dom João VI regressou a Portugal, acompanhado de 4 mil patrícios, ficando em seu lugar o príncipe regente, seu filho Pedro. Nos meses seguintes ocorreram no Brasil, as eleições para as Cortes. Quase todos os eleitos eram nascidos no Brasil, entre eles, Cipriano Barata, Padre Feijó, Nicolau Vergueiro e os irmãos Andradas, políticos de relevo nos anos seguintes da história do Brasil.
Ainda em 1821 decidiu-se transferir para Lisboa as principais repartições instaladas no Brasil, com isso determinou-se a volta para Portugal do príncipe regente. O “partido brasileiro” concentrou seus esforços na permanecia de Dom Pedro no Brasil. Decisão solenizada no “dia do fico”, dia 9 de janeiro de 1822.
Os atos do príncipe regente posteriores ao “fico” foram de ruptura. Exemplo disso fora a formação de um novo ministério composto por portugueses, mas cuja chefia coube ao brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva. Bonifácio era contraditório, ao mesmo tempo em que defendia idéias progressivas no campo social como o fim da escravidão, a reforma agrária e a livre entrada de emigrantes no país, e de forma conservadora também considerava adequada a forma monárquica de governo.
A chegada de despachos de Lisboa que revogavam decretos do príncipe regente, e determinavam mais uma vez seu regresso a Lisboa e acusavam os ministros de traição deu alento à idéia de rompimento definitivo.
Em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho do Ipiranga, Dom Pedro proferiu o grito do Ipiranga, formalizando a independência. A 1º de dezembro, com apenas 24 anos, o príncipe regente é coroado Imperador, recebendo o título de Dom Pedro I.
A consolidação da independência se deu em poucos anos, mas não se fez sem alguns conflitos militares relativamente graves, embora seja lugar-comum na historiografia brasileira contrastar a relativa facilidade da consolidação da Independência do Brasil com o complicado processo de emancipação da América espanhola. Exemplo único na história da América Latina, o Brasil ficou sendo uma monarquia entre repúblicas.
No plano internacional, os Estados Unidos reconheceram a Independência em maio de 1824. Informalmente, já era reconhecida pela Inglaterra, interessada em garantir a ordem da antiga Colônia, visto que o Brasil, àquela altura, já era seu terceiro mercado externo. Entretanto o reconhecimento formal só foi retardado porque os ingleses tentaram conseguir a imediata extinção do tráfico de escravos. Porém em agosto de 1825, por um tratado em que o Brasil concordou em compensar a Metrópole em 2 milhões de libras pela perda da antiga colônia com o Brasil. A necessidade de indenizar a Coroa portuguesa deu origem ao primeiro empréstimo externo, contraído pelo Brasil em Londres.
No plano internacional, os Estados Unidos reconheceram a Independência em maio de 1824. Informalmente, já era reconhecida pela Inglaterra, interessada em garantir a ordem da antiga Colônia, visto que o Brasil, àquela altura, já era seu terceiro mercado externo. Entretanto o reconhecimento formal só foi retardado porque os ingleses tentaram conseguir a imediata extinção do tráfico de escravos. Porém em agosto de 1825, por um tratado em que o Brasil concordou em compensar a Metrópole em 2 milhões de libras pela perda da antiga colônia com o Brasil. A necessidade de indenizar a Coroa portuguesa deu origem ao primeiro empréstimo externo, contraído pelo Brasil em Londres.
Fonte: História do Brasil / Boris Fausto - 13 ed. - São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2009