quarta-feira, 30 de março de 2011

Big Z


Com a primeira onda, surgiram os primeiros surfistas. Eles só precisavam de um toco de madeira ou um bloco de gelo – e saiam surfando. E eles se amarraram, cara, como se amarraram, e não pararam mais. E foram passando adiante. Passaram o gene do surfe através dos tempos. Não faz muito tempo, tinham os veteranos, os coroas do "hang 6", caras das antigas que surfavam com pranchas gigantescas. Eles foram os pioneiros. Mas ninguém sabia o que era o surfe de verdade até o Big Z surfar. Quem foi o Big Z? Você perguntou ao cara certo, pode apostar. O Z foi tudo. Big Z é o surfe. Parece que o oceano nem existia antes do Z. Foi inventado pra ele. Ele encarava todas, porque não tinha medo de viver nem medo de morrer. Ele veio à Antártica, quando eu era moleque. Cara, foi a coisa mais importante que já aconteceu aqui. E, aí, lá estava ele. Simplesmente flutuando sobre a água, quase pairando no ar, como se não existisse a gravidade. E entre todo mundo… ele chegou direto em mim e me deu um colar Big Z super maneiro. E aí, ele me disse: “Corre atrás, garoto, porque é o que os vencedores fazem.” Ele era o máximo. Todo mundo o admirava, respeitava e amava. E um dia... um dia, eu vou ser igualzinho a ele.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Aida



Ato I

O sumo-sacerdote Ramfis faz saber a Radamés, capitão da guarda egípcia, que os etíopes cobiçam o Egito. Depois acrescenta que a deusa Ísis decidiu que deve comandar os exércitos egípcios para defender o seu território e vai ter com o faraó para informar do divino desígnio. Radamés sonha ser o escolhido e idealiza uma volta vitoriosa da batalha para oferecer o seu triunfo à sua amada Aída,escrava da filha do faraó e filha do rei etíope Amonasro. Entra Amneris,filha do faraó, que ao perceber a alegria do general,suspeita que o motivo do estado de ânimo não se dava apenas aos sonhos de glória no campo de batalha. A chegada de Aida, muito afeta pelos rumores de guerra,só faz aumentar as suas dúvidas e alimentar os seus ciúmes: Amneris sabe que o coração de Radamés pertence a outra mulher que, provavelmente, é a sua escrava. No entanto, finge um grande carinho pela jovem escrava etíope quando, na realidade, está cheia de desejos de vingança. Precedido pela sua guarda entra o faraó com Ramfis, os sacerdotes e um grupo de cortesãos. Logo em seguida, aparece um mensageiro que relata como as tropas etíopes, sob comando do rei Amonasro, devastam tudo o que encontram no seu caminho e avançam para a capital, Tebas. Ao ouvir o nome do seu pai, Aida deixa escapar uma exclamação que não é ouvida pelos presentes, que ignoram a sua linhagem. O faraó anuncia que a deusa Ísis decidiu que Radamés é o escolhido para comandar as tropas contra o exército invasor. Todos os presentes encorajam o militar e gritam gritos de guerra. Amneris entrega-lhe um estandarte e deseja-lhe uma volta vitoriosa. Saem todos menos Aida que,repetindo as palavras de Amneris, luta entre os seus sentimentos amorosos por Radamés e por seu pai e os seus compatriotas,os quais irão se enfrentar na batalha. Numa sala do templo de Vulcano: Ouvem-se ao longe cânticos e rituais das sacerdotisas, que invocam a proteção dos deuses. Em cena, Ramfis e a assembléia de sacerdotes vestem Radamés com as armas abençoadas pelos deuses. Todos os presentes pedem ao deus do fogo que proteja o jovem guerreiro.Fim do 1º Ato.

Ato II

Numa sala nos aposentos de Amneris: A filha do faraó, rodeada pelas suas escravas, prepara-se para uma festa que festejará a volta triunfal de Radamés, vencedor da batalha contra os etíopes. Um grupo de escravos dançam à sua volta. Depois saem todos, menos Amneris que, na sua ânsia de saber a verdade sobre os sentimentos de Aida, submete a escrava etíope a um maquiavélico plano: quando a escrava entrar nos seus aposentos, ela a engana dizendo que Radamés venceu os etíopes mas morreu em combate. Ao saber da “terrível notícia”, Aida é incapaz de esconder o seu luto e manifesta na frente de sua patroa o seu amor por Radamés. A princesa egípcia então diz a verdade que Radamés continua vivo e que ela também o ama. Além disso, Aída jamais poderá desfrutar do amor do jovem guerreiro porque não passa de uma simples escrava. A princesa etíope consegue dominar-se depois de sentir a tentação de revelar a sua verdadeira linhagem e reconhece que só vive para esse amor. Amneris ameaça-a com uma terrível vingança não prestando atenção às súplicas da sua escrava. Então, ouvem-se os cânticos guerreiros dos soldados egípcios que voltaram da batalha. Sozinha em cena, Aída implora a piedade dos deuses. Na entrada da cidade egípcia de Tebas, junto o templo do deus Amon, uma multidão espera a volta dos guerreiros egípcios. Aparece o faraó com o seu cortejo e os sacerdotes. Atrás deles, Amneris com Aida e as suas escravas. O faraó senta-se no seu trono tendo, à sua direita, a sua filha. Depois de um coro de louvor em honra aos deuses e do soberano, uma grande marcha abre a procissão na qual participam os soldados egípcios, seguidos por bailarinos, carros de guerra, estandartes e ídolos. Por fim, Radamés entra em cena. O faraó recebe o jovem e ordena a Amneris que coloque a coroa ao vencedor. Depois diz a Radamés para pedir o que desejar. O militar pede a presença dos prisioneiros, entre os quais encontra-se Amonasro. Ao ver seu pai, Aida não consegue se conter e abraça-o dizendo que é o seu pai. O rei pede para não revelar a sua identidade aos seus inimigos e, às perguntas do faraó, responde que o imperador dos etíopes morreu no campo de batalha. Depois suplica clemência para os vencidos com a ajuda de Aida, das escravas, do povo e do próprio Radamés, que faz saber ao faraó que é a graça que pede pela sua vitória. Apesar da oposição de Amneris, de Ramfis e dos sacerdotes, o faraó concede a vida e a liberdade aos vencidos, mas, por conselho do sumo-sacerdote Ramfis, mantém em seu poder Aida e o seu pai Amonasro. Em seguida, o faraó concede a Radamés, como prêmio pela sua vitória, a mão de Amnéris e num futuro próximo a coroa, surpreendendo o militar e Aída, que ficam consternados. Fim do 2º ato.

Ato III

Nas margens do rio Nilo, onde se encontra o templo de Ísis: Ao longe ouvem-se os cânticos das sacerdotisas, que estão no templo. Aparecem em cena Ramfis e Amneris, que descem de uma barca e entram no templo sagrado para rezar pelo futuro casamento, cuja cerimônia ocorrerá no dia seguinte. Então entra em cena Aida, que se encontrou com Radamés, lamentando-se de que nunca mais voltará a ver a sua pátria. Aparece então Amonasro que, ciente dos sentimentos de sua filha para com Radamés, lhe faz saber que poderão voltar ao seu país se conseguir que o seu amado lhe diga o caminho secreto que o exército egípcio tomará no seu ataque. Aida nega-se inicialmente, mas a terrível reação de seu pai faz ela mudar de opinião. À chegada de Radamés, Amonasro esconde-se por detrás de umas palmeiras. Acontece então o feliz reencontro dos amantes. Radamés comunica a Aida que rapidamente estará, outra vez, à frente dos seus exércitos, uma vez que a luta com os etíopes reacendeu. Certo da sua vitória, o militar declara a sua intenção de pedir como recompensa a liberdade e a mão de Aída. A escrava manifesta a sua desconfiança em que semelhante plano possa acontecer e convence o amado de que a fuga para a Etiópia é a melhor solução pros dois. Depois pergunta-lhe qual é o caminho que terão de tomar para evitar o exército egípcio. O seu amante, confiante, revela-lhe que as tropas atacarão a Etiópia na garganta de Nápata. Subitamente, Amonasro abandona o seu esconderijo e aparece diante Radamés, que ele percebe que traiu a sua pátria involuntariamente, pelo amor de Aída. Amonasro e a sua filha tentam convencê-lo de que não é o culpado e tentam convence-lo a fugir com eles. Sai então do templo Amneris, seguida por Ramfis e pelos guardas do templo, que acusa Radamés de traição. O rei etíope tenta matar Amneris com um punhal,mas Radamés interpõe-se. Amonasro e Aída conseguem fugir, enquanto o militar egípcio se entrega ao sumo-sacerdote. Fim do 3º ato.

Ato IV

Numa sala do palácio do faraó perto da cela de Radamés e da sala de julgamento: Amneris, ainda apaixonada por Radamés apesar de este ter tentado fugir com a escrava,ordena que o preso seja conduzido à sua presença. A filha do faraó tenta convencê-lo a pedir clemência das acusações que lhe são imputadas, mas o militar nega-se. A princesa egípcia comunica-lhe então que Aida ainda está viva, ao que Radamés responde que está confiante de que sua amada consiga voltar à sua pátria. Desesperada, Amneris faz-lhe uma última proposta: promete liberta-lo se ele jurar que nunca mais verá Aida, mas Radamés sai, sendo levado para a sala do jugalmento. A partir de um local distante, assiste desesperada ao interrogatório. Radamés não responde às acusações proferidas por Ramfis e pelos sacerdotes, e é condenado à pena de morte reservada aos traidores da pátria: ser enterrado vivo. A princesa egípcia, louca de desespero, amaldiçoa os sacerdotes. O cenário aparece agora dividido em dois planos. No superior aparece o interior do templo de Vulcano. Em baixo, a cripta onde Radamés aparece vivo. Radamés se despede da vida e da sua amada para sempre, e então aparece Aida, que conseguiu entrar no túmulo para morrer ao seu lado. A escrava encontra a morte nos braços do seu amado enquanto Amneris reza por Radamés no templo. Ao longe soam os cânticos dos sacerdotes. Fim do 4º ato de Aída.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aida

Mensagem de Joanna de Angelis por Divaldo Pererira Franco

Divaldo, desde jovem, teve vontade de cuidar de crianças. Educou mais de 600 "filhos", hoje emancipados, a maioria com família constituída e a própria profissão, no magistério, contabilidade, serviços administrativos e até medicina, tem 200 "netos". Na década de 60 iniciou a construção de escolas-oficinas profissionalizantes e de atendimento médico. Hoje a Mansão do Caminho é um admirável complexo educacional que atende a 3.000 crianças e jovens carentes, na Rua Jaime Vieira Lima, 01 – Pau de Lima, um dos bairros periféricos mais carentes de Salvador; tem 83.000 m² e 43 edificações. A obra é basicamente mantida com a venda de livros mediúnicos e das fitas gravadas nas palestras.

Calma para o Êxito


Em todos os passos da vida, a calma é convidada a estar presente. Aqui, é uma pessoa tresvairada, que te agride... Ali, é uma circunstância infeliz, que gera dificuldade... Acolá, é uma ameaça de insucesso na atividade programada... Adiante, é uma incompreensão urdindo males contra os teus esforços... É necessário ter calma sempre. A calma é filha dileta da confiança em Deus e na Sua justiça, a expressar-se numa conduta reta que responde por uma atitude mental harmonizada. Quando não se age com incorreção, não há por que temer-se acontecimento infeliz. A irritação, alma gêmea da instabilidade emocional, é responsável por danos, ainda não avaliados, na conduta moral e emocional da criatura. A calma inspira a melhor maneira de agir, e sabe aguardar o momento próprio para atuar, propiciando os meios para a ação correta. Não antecipa, nem retarda. Soluciona os desafios, beneficiando aqueles que se desequilibram e sofrem. Preserva-te em calma, aconteça o que acontecer. Aprendendo a agir com amor e misericórdia em favor do outro, o teu próximo, ou da circunstância aziaga, possuirás a calma inspiradora da paz e do êxito.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Viva Gonzagão!


Foi uma das mais completas e inventivas figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado de acordeão, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, para o resto do país, numa época em que a maioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado.

Para ouvir Gonzagão basta clicar abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=7G5sK7kNr4U&feature=fvsr

quarta-feira, 23 de março de 2011

Milho Verde - MG


Sua história remonta ao início do século XVIII, quando um pequeno arraial surge na região do Serro Frio em decorrência das atividades de mineração do ouro e do diamante. Por estar dentro do Distrito Diamantino, Milho Verde sofreu as severíssimas restrições impostas pela Coroa Portuguesa à região demarcada. As terras de Milho Verde foram incluídas na área proibida para a mineração. No local, chegou a ser instalado um quartel e um posto fiscal para o controle e a fiscalização do extravio de diamantes. Esse fato decidiu o destino do arraial: a estagnação. Assim, nunca mais o arraial se desenvolveu.


Existem algumas referências sobre o local no século XIX. O mineralogista José Vieira Couto fez o seguinte registro em 1801: “lugarejo pequeno, mal arranjado, e com muitas casas palhoças, vivendo os seus pobres habitantes de uma pequena e insignificante cultura”. O inglês John Mawe e o francês Saint-Hilaire passaram por Milho Verde em 1809 e 1817, respectivamente. Em seus apontamentos foram feitos os comentários sobre a decadência local. Saint-Hilaire escreveu que o arraial estava localizado “em uma região árida que não possibilitava nenhum gênero de plantação” e se constituía “de uma dúzia de casas e uma igreja”. Situado nas vertentes da Serra do Espinhaço, a 25km da sede do município do Serro, esse vilarejo não muito distante das cabeceiras do Rio Jequitinhonha foi elevado à categoria de distrito em nove de julho de 1868. Na década de 80, algumas pessoas cansadas das cidades grandes, em busca de uma vida alternativa, descobriram a singela e tranqüila Milho Verde.


Depois, o local foi descoberto pelos turistas, que buscavam novas paisagens e opções fora dos roteiros de turismo de massa. A partir daí, é que foi se formando uma pequena infra-estrutura para receber os novos visitantes. Hoje, Milho Verde possui um aspecto rústico e encantador, em absoluta harmonia com a natureza. A belíssima paisagem, o patrimônio histórico, as cachoeiras, a singela hospitalidade dos habitantes e a deliciosa culinária típica fazem desse vilarejo um destino muito especial.


Passar alguns dias em Milho Verde é se deixar levar por uma vida simples, sem horários e compromissos, aliás, os únicos compromissos que se pode ter em Milho Verde são: tomar banhos de cachoeiras de águas límpidas ou experimentar uma comida feita em fogão à lenha, saborear goiabadas e marmeladas, tudo muito autêntico.

Papagaio do Futuro

Montado no indicativo do papagaio do futuro, Alceu Valença atravessa a ponte entre passado e presente em três apresentações no Projeto Álbum do Sesc Belenzinho, em São Paulo, dias 17, 18 e 19 de março. Em reencontro histórico, Alceu junta-se aos velhos companheiros Zé da Flauta, Lula Côrtes, além do guitarrista Paulo Rafael, para a recriação dos melhores momentos do cultuado álbum Vivo, lançado originalmente em 1976.

Alceu revive canções que marcaram o início de sua trajetória artística, como “Papagaio do Futuro”, “Sol e Chuva”, “O Casamento da Raposa com o Rouxinol” e “Vou Danado pra Catende”. Esta última remete ao Festival Abertura, da TV Globo, em 1975, que projetou o nome de Alceu Valença em todo o Brasil. A avassaladora mistura de rock underground com ritmos nordestinos obrigou os juízes a criar a categoria “Pesquisa” para contemplar aquela inusitada trupe, que parecia saída de algum lugar entre Woodstock e o Beco do Barato, outrora ponto de encontro da contracultura recifense. A antológica apresentação pode ser conferida no:

Logo em seguida, Alceu reuniu o grupo para apresentações no Recife, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Com uma mídia absolutamente alternativa (a trupe divulgava o espetáculo fazendo soar seus instrumentos pelas ruas), o show se tornou um grande sucesso e virou disco, gravado no Teatro Tereza Raquel, no Rio, com produção de Guto Graça Melo para a Som Livre. Lançado pouco antes do estouro nacional de Alceu – a partir de 1980, com o disco “Coração Bobo”, que elevou o artista à categoria dos que ultrapassaram a marca de um milhão de cópias vendidas – “Vivo” tornou-se um marco da música brasileira moderna, influenciando gerações num culto intemporal e independente das imposições do mercado.

Além de “Vou Danado pra Catende” e das músicas de “Vivo” com participação de Zé na flauta e Lula no tricórdio, Alceu apresenta sucessos de sua carreira - “Anunciação”, “Tropicana”, “Pelas Ruas Que Andei”, “Como Dois Animais”, “Táxi Lunar”, “Bobo da Corte”, “Embolada do Tempo”, entre outras - ao lado da banda formada por Paulo Rafael (guitarra), Mauricio Oliveira (baixo), Tovinho (teclados), Cássio Cunha (bateria) e Edwin (percussão). É fumaça de gasolina. Quem sabe, sabe, quem não sabe sobra.

ALCEU VALENÇA
Dias 17,18 E 19/03, Quinta, sexta e sábado, às 21h30.
Ingressos: R$ 32 / R$ 16 / R$ 8

SESC BELENZINHO
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000 Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700

O Reino de Ariano Suassuna


Filho de João Suassuna e de Rita de Cássia Villar, Ariano estava com um pouco mais de três anos quando seu pai, que havia governado o Estado no período de 1924 a 1928, foi assassinado no Rio de Janeiro, em conseqüência da luta política às vésperas da Revolução de 1930.

No mesmo ano, sua mãe se transferiu com os nove filhos para Taperoá, onde Ariano Suassuna fez os estudos primários. No sertão paraibano Ariano se familiarizou com os temas e as formas de expressão que mais tarde vieram a povoar a sua obra.

Em 1946 Ariano iniciou a Faculdade de Direito e se ligou ao grupo de jovens escritores e artistas que tinha à frente Hermilo Borba Filho, com o qual fundou o Teatro do Estudante Pernambucano. No ano seguinte, Ariano escreveu sua primeira peça, "Uma Mulher Vestida de Sol", e com ela ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno.

Após formar-se na Faculdade de Direito, em 1950, passou a dedicar-se também à advocacia. Mudou-se de novo para Taperoá, onde escreveu e montou a peça "Torturas de um Coração", em 1951. No ano seguinte, voltou a morar em Recife. O Auto da Compadecida (1955), encenado em 1957 pelo Teatro Adolescente do Recife, conquistou a medalha de ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais. A peça o projetou não só no país como foi traduzida e representada em nove idiomas, além de ser adaptada com enorme sucesso para o cinema.

No dia 19 de janeiro de 1957, Ariano se casou com Zélia de Andrade Lima, com a qual teve seis filhos. Foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura, do qual fez parte de 1967 a 1973 e do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, no período de 1968 a 1972.

Em 1969 foi nomeado Diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, ficando no cargo até 1974.

Ariano estava sempre interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais e, no dia 18 de outubro de 1970, lançou o Movimento Armorial, com o concerto "Três Séculos de Música Nordestina: do Barroco ao Armorial", na Igreja de São Pedro dos Clérigos e uma exposição de gravura, pintura e escultura.

O escritor também foi Secretário de Educação e Cultura do Recife de 1975 a 1978. Doutorou-se em História pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1976 e foi professor da UFPE por mais de 30 anos, onde ensinou Estética e Teoria do Teatro, Literatura Brasileira e História da Cultura Brasileira.


Poema que abre
O ROMANCE D´A PEDRA DO REINO
E O PRINCÍPE DO SANGUE DO VAI-E-VOLTA,
de Ariano Suassuana:

Ave Musa incandescente do deserto do Sertão!
Forje, no Sol do meu Sangue, o Trono do meu clarão:
cante as Pedras encantadas e a Catedral Soterrada,
Castelo deste meu Chão!

Nobres Damas e Senhores ouçam meu Canto espantoso:
a doida Desaventura de Sinésio, O Alumioso,
o Cetro e sua centelha na Bandeira aurivermelha
do meu Sonho perigoso!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Elomar... Das barrancas do Rio Gavião

Depois que gravou seu primeiro disco …Das Barrancas do Rio Gavião, passou a investir mais na sua carreira musical, bastante influenciados pela tradição ibérico e árabe que a colonização portuguesa levou ao nordeste brasileiro, mas foi só no final dos anos 1970 e início dos 80 que deu menos ênfase à arquitetura para dedicar-se à peregrinação pelos teatros do país, de palco em palco, tocando e interpretando o seu cancioneiro e trechos do que viriam a ser suas composições de formato erudito, como autos.

Com seu estilo típico de tocar violão, muitas vezes alterando a afinação do instrumento, Elomar criou fama entre o universo violeiro. Gravou em 1990 o festejado disco "Elomar em Concerto", acompanhado pelo Quarteto Bessler-Reis. Avesso à exposição na mídia para divulgação do seu próprio trabalho, prefere a vida reclusa da fazenda, longe das grandes metrópoles, criando bodes como o que inspirou ao cartunista Henfil o personagem Francisco Orellana. Mesmo assim, algumas de suas composições ficaram relativamente famosas, como "Clariô", "O Violeiro", "Arrumação" e "O Peão na Amarração".

O mestre Baden Powell


Tocava a música tradicional brasileira, mas amava o jazz e logo desenvolveu um estilo que se baseava em Django Reinhardt e Barney Kessel. Passou a ser conhecido internacionalmente em 1966 quando Joaquim Berendt teve a oportunidade de conhecê-lo, convidando-o para gravar seu primeiro disco e visitar a Europa.

O sucesso não o abandonou e sua fama foi aumentando com seus discos, principalmente na Alemanha. Continuou dando concertos, também nos Estados Unidos, onde teve a oportunidade de se apresentar com Stan Getz.

Baden Powell tinha uma maneira única de tocar violão, incorporando elementos virtuosísticos da técnica clássica e suíngue e harmonia populares. Explorou de maneira radical os limites do instrumento, o que o transformou em uma rara estrela nacional da área com trânsito internacional.

Ele foi considerado por muitos um dos maiores violonistas de jazz desde o início da bossa nova. Já gravou muitos discos entre os quais é preciso mencionar “Baden Powell Quartet”, um álbum duplo gravado para a Barclay, “Stephane Grappelli - Baden Powell” e “Baden Powell”.


Para ouvir o Mestre Baden Powell, basta clicar no link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=Qiv47G_aN4c

quarta-feira, 16 de março de 2011

Opala, o carro do século XX



Seu projeto (chamado de projeto 676) demorou cerca de dois anos, sendo finalmente apresentado na abertura do VI Salão do Automóvel de São Paulo, num sábado, dia 19 de Novembro de 1968, já como linha 1969. A fórmula do Opala combinava a carroceria alemã do Opel Rekord C / Opel Commodore A, fabricado de 1966 a 1971, à mecânica norte-americana do Chevrolet Impala. E ao longo de seus 23 anos e cinco meses de produção contínua, passou por diversos aprimoramentos mecânicos e modificações estéticas, sendo fabricado na cidade paulista de São Caetano do Sul, localizada na Região Metropolitana de São Paulo, até ao dia 16 de Abril de 1992, uma quinta-feira.

Durante o período em que esteve em produção, foram oferecidas paralelamente duas opções de motores ao Opala: 4 ou 6 cilindros, tanto para as versões básicas, quanto luxuosas ou esportivas. Todos os motores usados no Opala foram derivados de motores da Chevrolet Norte-Americana.

Essa mistura, onde combinava-se um motor americano a uma carroceria alemã, curiosamente resultou na peculiaridade de conviverem no mesmo projeto componentes com especificações técnicas baseadas no sistema de medidas Inglês, nos componentes do motor e transmissão, e no sistema métrico usado na Alemanha e no Brasil nas demais partes do veículo.

Dentre as qualidades do Opala, é notável o acerto dos freios, direção, velocidade e suspensão bastante equilibradas, aliado a isto, o conforto de um carro potente e com bastante torque, o que resulta em saídas rápidas e muita força em subidas de serra e ultrapassagens mais que seguras na estrada. Apesar do tamanho, é um veículo fácil de conduzir na cidade. Porém na época do seu lançamento, o carro foi criticado por seu acabamento inferior em relação ao seus "irmãos" americanos.

Graças a suas características positivas, o Opala foi eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1972.

O Opala SS foi lançado em 1971, para disputar o mercado de carros esportivos, e vinha com um acabamento completo e esportivo como volante 3-raios, bancos individuais, câmbio de 4 marchas no assoalho, rodas esportivas, faixas na pintura, e o motor 4100 6 cilindros, o maior motor, feito pela GMB (General Motors do Brasil). Apesar de seu grande sucesso, a Chrysler do Brasil, lancçou o Dodge Charger R/T com o V8 318 5.2, e a Ford o Ford Maverick GT V8 302, o que acabou ofuscando o brilho Chevy Opala SS até 1975.

Em 1976 estrelava o motor de competição 250/S com tuchos mecânicos (apenas neste ano), e taxa de compressão elevada, o que levou a testes da revista 4 Rodas a elegerem o carro mais veloz do Brasil com 189 km/h superando o modelo Dodge Charger da Chrysler e o Maverick da Ford.

A versão SS foi oferecida com 4 portas somente em 1971, no ano seguinte, com 2 portas somente. Em 1974 ganhou a opção do motor 2.5 quatro cilindros, que durou até 1980.[4]

Caravan SS 1978.Em 1975, a linha Opala (que recebia uma reestilização mais abrangente) ganhava a versão Station Wagon chamada Caravan.

Desenvolvida a partir da carroceria da Opel Rekord C Caravan, trazia grande espaço para bagagem, com as mesmas opções de motores que equiparam as versões sedã e cupê, inclusive a versão Caravan SS, onde havia a opção dos motores 250-S e 151-S.

Para o ano de 1980 o Opala passou por uma forte mudança de estilo a fim de se adequar à moda das formas retangulares dos carros nos anos 80. Um novo desenho da frente e da traseira, com faróis e lanternas retangulares, embora a parte central da carroceria fosse mantida igual. Em 1981 mudava por dentro, ganhando um novo painel de instrumentos. A partir daí, seguiram alguns retoques em detalhes estéticos e aprimoramentos mecânicos até o fim da sua produção.

Em 1980 também surgiria a famosa versão topo-de-linha Diplomata, onde um pacote de itens de luxo equiparia a toda a família Opala. Dentre os principais requintes, ressaltam-se o ar condicionado com saída para os passageiros no banco traseiro e ar quente. a partir de 1985, recebia vidros elétricos, antena elétrica, retrovisores elétricos, porta malas com acionamento elétrico, travas elétricas, volante com regulagem de altura, dentre inúmeros recursos que o mantinha no topo da linha da GM brasileira.

O Opala é um veículo bastante luxuoso, com mecânica extremamente confiável e um excelente desempenho. Tornou-se objeto de desejo de muitas pessoas, sendo um dos mais cultuados automóveis brasileiros de sua época. São inúmeras as aparições de diversos Opalas em Filmes, Novelas, Livros e Músicas.

O último exemplar do Opala foi fabricado no dia 16 de abril de 1992, quando foi produzido o Opala de número 1 milhão. À ocasião de seu encerramento, mobilizou vários entusiastas e fãs do automóvel a sair em carreata nos arredores da fábrica em São Caetano do Sul.

Uma série limitada especial do encerramento da produção do Opala foi batizada Diplomata Collectors. Os últimos 100 Opalas produzidos levam este nome e traziam um VHS sobre a história do Opala, foram fabricados em apenas 3 cores : Azul Millos, Preto Memhpis e Vermelho Ciprius, também eram acompanhados de chaves douradas e um certificado assinado pelo presidente da GM do Brasil.

O último Opala fabricado, um modelo Diplomata cor Azul Millos, foi cedido pela Chevrolet para o acervo de exposição do Museu da Tecnologia da ULBRA em Canoas, Rio Grande do Sul. O último 'Collector' fabricado que está em circulação atualmente, encontra-se com um membro do Fórum Opaleiros do Paraná, fabricado em 16 de abril 1992 e possui cor Vermelho Ciprius. O último exemplar fabricado da Caravan (também em 16 de abril de 1992) foi um modelo SL ambulância. A partir daí, o Opala teve como sucessor o Chevrolet Omega (fabricado no Brasil de 1992 a 1998), e a Caravan teve como sucessora a Chevrolet Omega Suprema (fabricada no Brasil de 1993 a 1996). Atualmente o Omega está em sua 3a geração, sendo importado da Austrália.

Opala 4 cilindros
Odômetro do Opala.Aos primeiros anos do Opala, o motor quatro cilindros de 2509 cm³ (153 pol³) basicamente era uma versão 4 cilindros do Stovebolt Americano. Originalmente desenvolvido para equipar a linha básica do Chevrolet Nova de 1961.

Em 1974, com o objetivo de conferir maior suavidade ao Opala, o motor 4 cilindros recebeu alguns aperfeiçoamentos, a saber: aumento do diâmetro dos cilindros, com pistões mais leves, bielas mais longas, virabrequim com menor curso, e volante com maior massa. Com isso, a cilindrada foi ligeiramente reduzida para 2455 cm³ (151 pol³), embora ganhava-se grande suavidade no funcionamento, permitindo-se regimes de rotação mais elevados.

Este motor ainda passou por mais alguns refinamentos, caracterizando-o como 151-S, com novo coletor de admissão de alumínio, carburador de corpo duplo, e a elevação da taxa de compressão. Essas alterações visaram tornar o motor mais eficiente e econômico, na opção S.

Também foi oferecida a opção do álcool como combustível, um biocombustível de menor poder calórico, mas que produz mais potência que a gasolina por aceitar uma taxa de compressão mais elevada, além de ser menos poluente. Com isso, os Opalas 4 cilindros a álcool obtiveram acelerações mais rápidas e velocidade final consideravelmente superiores aos modelos a gasolina.

Para manter uma distinção entre as séries de motores, a GM tinha por costume aplicar uma pintura de diferentes cores aos motores em determinadas épocas, como o verde, que indicava que o motor era o 151S com carburação Weber 446 com corpo duplo, o azul, que indicava o motor 151 com carburador Solex H40 de corpo simples, e o amarelo, que indicava o motor a álcool com carburador Solex H34 de duplo estágio.

Os motores 4 cilindros dos Opalas são reconhecidos pelo torque, robustez, durabilidade, potencia condizente a que se propõe e com poucas modificações obtém-se elevada potência.

Opala 6 cilindros
O motor de seis cilindros de 3.8 L (230 pol³) utilizado no Opala deriva da 3a geração do veterano Stovebolt. Tinha por características um bloco leve, e sete mancais no eixo virabrequim. Originalmente destinava-se a alguns modelos da GM Americana, dentre eles: Chevrolet Nova, Impala, Chevelle, Camaro, e alguns utilitários leves.

No Brasil, este motor seguiu passando por várias atualizações e inúmeros aperfeiçoamentos, inclusive após o encerramento da produção do Opala.

Logo em 1970, adotou virabrequim de curso aumentado, elevando seu deslocamento para 4.1 L (250 pol³). Posteriormente, ao longo do tempo, recebeu pistões mais leves, bielas mais longas. E nos demais veículos posteriores, injeção multiponto .

Para manter a concorrência com o Ford Maverick Quadrijet, a Chevrolet desenvolveu em 1974, o famoso motor 250-S, onde uma preparação mais agressiva era conferida ao motor 4100: Tuchos mecânicos, carburador duplo, comando de válvulas com maior duração de abertura, lobe center de 109° e levante de 6,5mm e taxa de compressão mais elevada. Com este novo ajuste, a potência saltou de 115 para 153 cv líquidos — uma sensível melhora da performance.

Oferecido opcionalmente, este 250-S mais agressivo foi homologado para a antiga Divisão 1 da CBA, com taxa de compressão 9,2:1. Havia versões mais comuns do 250 com taxa de compressão de 7,8:1 e 8,5:1, e potências líquidas entre 127 cv a 151 cv, respectivamente, mas todos poderiam ser vendidas normalmente ao público em concessionárias GM!

Este motor e suas variantes, equiparam também o Chevrolet Omega, os utilitários Chevrolet Bonanza, Chevrolet Veraneio, as pick-ups Chevrolet A20, Chevrolet C20 e Chevrolet Silverado, e alguns utilitários pesados, como o caminhão A60, conhecido como "canavieiro", neste último com capacidade cúbica elevada para 4.8L.

Antonio Marcos e o Homem de Nazaré


Em 1967 integrou o coral Golden Gate e atuou nas peças Pé Coxinho e Samba Contra 00 Dólar, de Moraci do Val, no Teatro de Arena. Convidado por Ramalho Neto, gravou seu primeiro disco pela RCA, como integrante do conjunto Os Iguais, tornando-se logo solista e fazendo sucesso com a música Tenho Um Amor Melhor Que O Seu (Roberto Carlos), que reapareceu em seu primeiro LP e vendeu mais de 300 mil exemplares.

A partir daí, seguiram-se outros sucessos, como Oração De Um Jovem Triste (Alberto Luís) e Como Vai Você (com Mário Marcos). Foi lançado no cinema por J. B. Tanko, no filme Pais Quadrados... Filhos Avançados (1970), participando também de Som, Amor E Curtição (1972) e de outros, além de atuar em peças teatrais, como Arena Conta Zumbi (Teatro de Arena, direção de Augusto Boal, 1969) e Hair (Teatro Aquarius, direção de Altair Lima, 1970). Atingiu seu maior sucesso em 1973, com O Homem De Nazaré (Cláudio Fontana). Um de seus últimos sucessos foi a canção-tema de O Profeta, telenovela da TV Tupi na qual participava sua futura esposa Débora Duarte. Já casado com a atriz, participaria com ela da telenovela da TV Bandeirantes, Cara a Cara, na qual também interpretava a canção-tema.

Teve oito LPs em português e quatro em castelhano, além de gravações feitas no exterior.

Para ouvir a música, basta clicar abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=IZbpwEcQJCI

quinta-feira, 3 de março de 2011

It's only rock'n'roll, but I like it!

The Clonning Stones
(Gates Pub, junho de 2007)

Rock'n'roll desde criancinha

Gooya, Fred e eu
(outubro de 1985)

Que tal um passeio no shopping?


Os Banhos


Manual de rock em português



É com esse disco "Fruto Proibido", de 1975, que Rita alcança a consagração nacional, com vários sucessos como "Agora só falta você", "Esse tal de roque enrow" e especialmente "Ovelha negra".

Fruto Proibido torna-se uma espécie de manual para se fazer rock em português.

Araçá tropicalista de Caetano em 1973

Araçá Azul é um álbum de Caetano Veloso, editado em 1972 pela Polygram. Tem conteúdo experimental, e por isso teve um grande número de devoluções, sendo retirado de catálogo e relançado em 1987.

Caetano relata ter feito o disco sozinho num estúdio. Pode-se destacar a faixa "De Conversa", que não tem música nem letra, tratando-se de uma superposição de vozes e grunhidos, com sugestão de música.

"Lançado no Brasil em 1973, o LP Araçá Azul é considerado a mais radical experiência tropicalista já realizada. Ela é obra do cantor e compositor baiano Caetano Veloso, um dos maiores e mais fecundos pensadores da cultura brasileira, que na época do lançamento deste LP já gozava de enorme prestígio junto ao público local, principalmente devido ao enorme sucesso da canção “Alegria, alegria”.

Este disco é o primeiro a ser lançado depois do retorno do exílio do compositor em Londres imposto pela ditadura militar. Essa combinação de fatores faz do Araçá Azul uma obra sui generis na história da música popular. No entanto, não havia até agora nenhum estudo concentrado neste LP. O objetivo desta dissertação é analisar minuciosamente todos os elementos presentes no álbum, não só as canções e faixas experimentais mas também todo o projeto visual, que inclui capa, contracapa e encartes, evidenciando assim as estratégias utilizadas para a construção do sentido na obra.

O método descritivo escolhido foi a teoria semiótica, iniciada por Greimas e ampliada por Fontanille e Zilberberg, e seu desdobramento no campo da canção popular na acepção de Luiz Tatit. Além de resgatar um importante acontecimento na história da música brasileira, este trabalho também contribui para a discussão do modelo descritivo adotado, apontando suas limitações atuais e sugerindo novas frentes de pesquisa para a ampliação de seu horizonte teórico."(1)

(1)
Dissertação de MestradoDocumentoDissertação de Mestrado
AutorDietrich, Peter (Catálogo USP)
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP
Área do ConhecimentoSemiótica e Lingüística Geral
Data de Defesa - 2003-10-16

Linha Corcel 73

Apesar de todas as vantagens que o Corcel oferecia, depois de algum tempo começou a se registrar um declínio acentuado em suas vendas, principalmente pelo desgaste prematuro dos pneus dianteiros e pela dificuldade de alinhamento do sistema de direção.

Em julho de 1970, Joseph O’Neil assumiu a direção da Ford brasileira e determinou imediatos estudos para a correção dos problemas desse modelo, identificados pelos engenheiros da fábrica como regulagem defeituosa e complicada da suspensão dianteira. O’Neil autorizou que se trocasse gratuitamente o conjunto de peças de suspensão dianteira dos carros já vendidos. A iniciativa, que visava à recuperação da imagem do Corcel, deu resultado positivo e, a partir de 1971, o carro transformou-se novamente no maior sucesso de venda da Ford brasileira.

Em julho de 1972, a empresa atingiu a marca de 1 milhão de veículos fabricados no Brasil. Desse número faziam parte também os modelos Corcel Cupê e GT (lançado em 1969 e o Ford Belina, um utilitário da linha Corcel com ampla porta traseira, lançado a 3 de março de 1970).

Fonte: http://www.carroantigo.com/portugues/conteudo/curio_nacionais_ford.htm

O fenômeno de 1975

Na loucura dos anos 70, Tim Maia conhece a seita da cultura racional e se torna abstêmio de qualquer tipo de bebida, ou de drogas. Inspirado no tema da Cultura Racional ele grava o disco “Racional”, o melhor LP de sua carreira. Sua voz grave e bem afinada está na melhor forma. Obra-Prima do Funk & Soul.

Uma grande referência, o LP de Raul de 1973

Seu título faz referência a um grito de guerra do personagem Tarzan, conhecido à época nas revistas em quadrinhos da EBAL, e que significa "Cuidado, aí vem o inimigo".

O álbum possui alguns dos grandes sucessos do músico como "Mosca Na Sopa", "Metamorfose Ambulante", "Al Capone" e "Ouro de Tolo". Foi o primeiro álbum de Raul em parceria com o escritor Paulo Coelho, parceria esta que rendeu, além do enigmático disco, apresentações teatrais e a divulgação da Sociedade Alternativa, feita com a distribuição de gibis criados por Seixas e Coelho em plena ditadura militar.

Mais uma pérola de 1973

Em 1973, Luiz Carlos se lançou em carreira solo com "Pérola Negra", disco de belas e originais melodias próprias. A capa mostrava o músico em estado de choque em meio a uma feijoada, uma verdadeira Pérola Negra.

"Estácio, Holly Estácio" e "Estácio, Eu e Você" são duas suaves baladas escritas em homenagem ao bairro de Melodia. Calmas, aconchegantes e belas, se destacam (aliás, o disco inteiro se destaca dos demais já produzidos até então) pelo timbre e pelo tom da voz do cantor. Sem falar que das letras...

A faixa-título é uma canção amorosa em tom sofredor regada por metais finos e agradáveis, em não-tão-contraste com o bilhete suicida "Farrapo Humano" e com o roquenrou agitado "Pra Aquietar".