Divaldo, desde jovem, teve vontade de cuidar de crianças. Educou mais de 600 "filhos", hoje emancipados, a maioria com família constituída e a própria profissão, no magistério, contabilidade, serviços administrativos e até medicina, tem 200 "netos". Na década de 60 iniciou a construção de escolas-oficinas profissionalizantes e de atendimento médico. Hoje a Mansão do Caminho é um admirável complexo educacional que atende a 3.000 crianças e jovens carentes, na Rua Jaime Vieira Lima, 01 – Pau de Lima, um dos bairros periféricos mais carentes de Salvador; tem 83.000 m² e 43 edificações. A obra é basicamente mantida com a venda de livros mediúnicos e das fitas gravadas nas palestras.
O Centro Espírita Caminho da Redenção administra, dentre outros, os seguintes órgãos assistenciais:
Mansão do Caminho (semi-internato para crianças e jovens carentes), fundado em 15 de agosto de 1952;
A Manjedoura (creche para crianças carentes de 2 meses a 3 anos de idade) ;
Escola Jesus Cristo (ensino fundamental), fundada em março de 1950;
Escola Allan Kardec (ensino fundamental), fundada em 1965;
Escola de Informática;
Escola de Educação Infantil Alvorada Nova, fundada em fevereiro de 1971 com o nome de Esperança;
Escola de Evangelização (ensino espírita para público infantil);
Juventude Espírita Nina Arueira (evangelização e ensino espírita para o público jovem);
Caravana Auta de Souza (auxilia idosos e pessoas inválidas portadoras de doenças irrecuperáveis e degenerativas);
Casa de Assistência Lourdes Saad (distribuição diária de sopa e pão);
Casa da Cordialidade (assiste a famílias carentes);
Centro de Saúde J. Carneiro de Campos;
Evangelização Nise Moacyr (evangelização de crianças);
Grupo Lygia Banhos (esclarecimento e consolo a comunidades carentes);
Livraria Espírita Alvorada (editora e gráfica).
CONVITE À HUMILDADE. “... Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.” (Mateus: 11-28.) Os que são incapazes de consegui-la identificam-na como fraqueza. Os pessimistas que chafurdam no poço do orgulho ferido e não se dispõem à luta, detestam-na, porque se sentem incapazes de possuí-la. Os derrotistas utilizam-se da subestima para denegri-la. Os fracos, falsamente investidos de força, falseiam-lhe o significado, deturpando-lhe a soberana realidade. Porque muitos não lograram vivê-la e derraparam em plenos exercícios, desconsideram-na... Ela, no entanto, fulgura a prossegue. Sustenta no cansaço, acalenta nas dores, robustece na luta, encoraja no insucesso, levanta na queda... Louva a dor que corrige, abençoa a dificuldade que ensina, agradece a soledade que exercita a reflexão, ampara o trabalho que disciplina e é reconhecida a todos, inclusive aos que passam por maus, por ensinarem, embora inconscientemente, o valor dos bons e a excelência do bem. Chega e dulcifica a amargura, balsamizando qualquer ferida exposta, mesmo em chaga repelente. Identifica-se pela meiguice, e, sutil, agrada, oferecendo plenitude, quando tudo conspira contra a paz de que se faz instrumento. Escudo dos verdadeiros heróis, tem sido a coroa dos mártires, o sinal dos santos e a característica dos sábios. Com ela o homem adquire grandeza interior, e considerando a majestade da Criação, como membro atuante da vida, que é, eleva-se e, assim, eleva a humanidade inteira. Conquistá-la, ao fim das pelejas exaustivas, é lograr a paz. No diálogo entre Jesus e Pilatos, esteve presente no silêncio do Amigo Divino e ausente no enganado fâmulo de César... Seu nome é humildade.
Filha de cearenses, Lygia de Oliveira Banhos nasceu em Belém, no Pará, em 31 de julho de 1916.
Foi funcionária da Delegacia Fiscal do Ministério da Fazenda e depois de alguns anos no Pará, foi transferida para o Rio de Janeiro. Quando Divaldo Franco proferiu uma palestra no auditório do Ministério da Fazenda, no Rio de Janeiro, Lygia o conheceu e nasceu, naquele momento, uma grande amizade. Não demorou muito tempo depois da palestra e Lygia veio visitar a Mansão do Caminho, sendo convidada por Divaldo para colaborar na Instituição.
Solicitou no Ministério sua transferência para Salvador e passou a morar na Mansão do Caminho. Dedicou-se aos trabalhos da Instituição e também à Doutrina Espírita. Quando se aposentou, sua dedicação passou a ser integral, permanecendo com sua abnegada presença durante 22 anos. Era procurada para dar orientação a adolescentes e todos a consideravam como mãe.
Foi ela quem organizou um arquivo das viagens e palestras de Divaldo Franco, arquivo agora de grande importância para consultas e pesquisas.
Lygia Banhos partiu para a pátria espiritual no dia 9 de outubro de 1990. Deixou imensa saudade não só entre os seus familiares, principalmente sobrinhos (era solteira), mas também entre os confrades de incontáveis cidades brasileiras.
É um exemplo de dedicação, amor e fé.
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