sábado, 29 de outubro de 2011

Fora de Ordem

Caetano Veloso

Vapor barato um mero serviçal do narcotráfico foi encontrado na ruína de uma escola em construção...

Aqui tudo parece que era ainda construção e já é ruína, tudo é menino, menina no olho da rua, o asfalto, a ponte, o viaduto ganindo prá lua, nada continua...

E o cano da pistola que as crianças mordem reflete todas as cores da paisagem da cidade que é muito mais bonita e muito mais intensa do que no cartão postal...

Alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mndial...

Escuras coxas duras tuas duas de acrobata mulata, tua batata da perna moderna a trupe intrépida em que fluis...

Te encontro em Sampa de onde mal se vê quem sobe ou desce a rampa, alguma coisa em nossa transa é quase luz forte demais, parece pôr tudo à prova, parece fogo, parece parece paz, parece paz...

Pletora de alegria um show de Jorge Benjor dentro de nós é muito, é grande é total...

Alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mndial...

Meu canto esconde-se como um bando de Ianomâmis na floresta, na minha testa caem vem colocar-se plumas de um velho cocar...

Estou de pé em cima do monte de imundo lixo baiano, cuspo chicletes do ódio no esgoto exposto do Leblon, mas retribuo a piscadela do garoto de frete do Trianon, eu sei o que é bom...

Ouça a música, acesse:

O Estado espoliado

O Rio de Janeiro está sempre de braços abertos para receber os brasileiros de todos os estados e municípios do país e os recebe com o maior carinho e hospitalidade.

O Rio tem manifestado a importância de uma justa repartição da renda nacional entre todos os estados e municípios e apoiado a instituição e a manutenção de sistemas de distribuição da renda dos impostos nacionais com base no critério do inverso da renda per capita.

Em decorrência da aplicação desse critério, em 2010, dos R$ 118 bilhões que a União arrecadou no Rio, somente R$ 2,8 bilhões, o equivalente a 2,4% do coletado, retornaram ao estado, para o governo estadual e as prefeituras.

Essa relação de arrecadação de impostos federais e retorno por transferências, de 2,4% no Rio, atingiu 56% para o conjunto dos estados do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste, e 17% nos estados do Sul. A média para o Brasil foi de 16,8%.

Caso a União transferisse ao Rio de Janeiro 56% do que arrecada no estado, como o faz em relação aos estados do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste, o Rio passaria a receber R$ 66,2 bilhões por ano, 6,8 vezes o que recebeu a título de royalties e participação especial pela exploração do petróleo em 2010. Se a União devolvesse ao Rio 17% do arrecadado em seu território, percentual correspondente ao que ela retorna aos estados da Região Sul, o Rio receberia, por meio dos fundos de participação, R$ 20 bilhões, o que equivaleria ao dobro do que hoje recebe a título de royalties e participação especial do petróleo.

O ICMS, imposto estadual sobre valor agregado, tem a receita destinada em termos relevantes para o estado onde se realizou a produção. Acontece, entretanto, que a Constituição Federal, no caso do petróleo, estabeleceu uma exceção à regra geral, ao determinar que o ICMS seja cobrado no estado de destino. Essa regra transfere anualmente, do Rio de Janeiro para outros estados, a importância de 5 bilhões de reais.

O Rio de Janeiro, que foi discriminado pela Constituição de 1988 em relação à cobrança de ICMS do petróleo no estado de destino e que sempre defendeu e apoiou a distribuição dos impostos federais aos estados com base no critério do inverso da renda per capita, é agora ameaçado de perder a sua receita de royalties por propostas que ferem o bom senso, o ordenamento jurídico e o equilíbrio federativo.

O governo federal anunciou o El Dourado do pré-sal e, imediatamente, também informou que essa riqueza não seria explorada com base no regime de concessão, mas no regime de partilha. Essa mudança de regime acaba com a participação especial, que corresponde à metade do arrecadado pelo Rio com a exploração do petróleo. A parcela da participação especial que deixa de ser cobrada da empresa que explora o petróleo, e que é devida ao estado produtor no regime de concessão, resulta, no regime de partilha, em ganho da União. Logicamente, no regime de partilha, a União não deveria receber os royalties do petróleo.

Considerando que a arrecadação da participação especial recebida pelos estados produtores em 2010 foi de aproximadamente R$ 6 bilhões, este será o montante de sua perda anual e o ganho adicional da União no regime de partilha quando a produção nos dois regimes for equivalente (sugestão de SC, para substituir "atingir o volume atual"). Assim sendo, a mudança no critério da repartição dos royalties também deve levar em conta a perda dos estados produtores e o ganho adicional da União em decorrência da não cobrança da participação especial no regime de partilha.

O Rio de Janeiro, historicamente favorável à tese de fortalecimento da federação, apoia a criação de um mecanismo de distribuição dos royalties de petróleo aos estados e municípios não produtores, mas esse mecanismo deve considerar o fato de que os royalties são compensação indenizatória devida por aquele que explora o petróleo àqueles que sofrem os impactos de sua produção.

O Rio de Janeiro, ademais, entende que qualquer repartição de royalties não pode alcançar o resultado dos campos já licitados e que, em relação aos que vierem a ser licitados, esses royalties caberiam exclusivamente aos estados e municípios, produtores e não produtores, visto que a União ficará sozinha com o lucro decorrente da exploração do petróleo no regime de partilha.

Ressalto que a União poderia, inclusive, destinar parte desse lucro aos fundos de natureza social a que tanto tem-se referido o governo federal.

O Rio de Janeiro está pronto para o entendimento. Mas não aceita ser um estado espoliado.

FRANCISCO DORNELLES é senador (PP-RJ).

Leia mais sobre esse assunto em
http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2011/06/27/estado-espoliado-924776026.asp#ixzz1cCKRgoF2

Eric Hobsbawm

           Para analisar a história do trabalhismo e os diversos aspectos que a envolvem, como as revoluções burguesas, o processo de industrialização, as diferentes manifestações de resistência, luta e revolta da classe trabalhadora, Hobsbawn dedicou-se à interpretação do século XIX.

           Em 1933, quando Adolf Hitler chegou ao poder, Eric Hobsbawm mudou-se para Londres. Já havia nesse período iniciado seus estudos das obras de Karl Marx. Fugindo das perseguições nazistas, mas também por ter ganhado uma bolsa para estudar na Universidade de Cambridge, Hobsbawn formou-se em História. Um evento importante para a sua formação intelectual e de seus princípios como historiador, foi mudar-se da Alemanha, levado pela família por seus negócios para a Inglaterra.

          Essa atitude garantiu a sobrevivência de toda a família judáica, bem como a salvação de suas economias. Hobsbawm vê nesse acontecimento a evidência cabal de que análises históricas bem formuladas podem indicar as tendências futuras com um grau elevado de acerto. Uma de suas preocupações é aprimorar as análises históricas para criar mecanismos mais eficientes de predições econômicas e sociais. Ele mesmo faz algumas em seus livros - como a dificuldade de Israel se manter no Oriente Médio se mantiver apenas a força militar como apoio.

           Tornou-se militante político de esquerda e ingressou no Partido Comunista da Grã-Bretanha, que então apoiava o regime estalinista, o mesmo regime que anos antes havia exilado parte da ala crítica ao PC soviético, incluindo Leon Trótski, fundador da Quarta Internacional.

           Durante a Segunda Guerra Mundial (1939/1945), participou de mais um importante período do século XX, ao integrar o Exército Britânico contra os nazistas. Foi responsável por trabalhos de inteligência, pois dominava quatro idiomas. Seu início no Exército Britânico foi nos anos de 1939-1940 onde fez parte de uma divisão que cavava trincheiras e preparava bunkers no litoral do país, como forma de impedir a "Operação Leão Marinho", que seria a invasão da Inglaterra por exércitos anfíbios. Com o fim da guerra, Hobsbawn retornou à Universidade de Cambridge para o curso de doutorado. Também nessa época juntou-se a alguns colegas e formou o Grupo de Historiadores do Partido Comunista.

          Foi membro do grupo de historiadores marxistas britânicos, como Christopher Hill, Rodney Hilton e Edward Palmer Thompson que, nos anos 60, diante da desilusão com o estalinismo, buscaram entender a história da organização das classes populares em termos de suas lutas e ideologias, através da chamada "História Social".


Sobre esse período, que segundo ele se estende de 1789 (ano da Revolução Francesa) a 1914 (início da Primeira Guerra Mundial), publicou estudos importantes, como "Era das Revoluções" (1789-1848), "A Era do Capital" (1848-1875) e "A Era dos Impérios" (1875-1914). Hobsbawn é responsável por análises aprofundadas sobre aquilo que chama de “o breve século XX”. Um desses livros, em especial, rendeu-lhe reconhecimento e prestígio: "A Era dos Extremos", lançado em 1994, na Inglaterra, tornou-se uma das obras mais lidas e indicadas sobre a história recente da humanidade. Nela analisa os principais fatos de 1917 – fim da Primeira Guerra Mundial e ano da Revolução Russa – até o fim dos regimes socialistas da ex-União Soviética, em 1991, e dos países do Leste Europeu. Também importante no conjunto de sua obra é seu livro mais recente, "Tempos Interessantes", publicado em 2002, no qual discorre novamente sobre o século XX e inter-relaciona os fatos históricos com a trajetória de sua vida. Por isso é considerado uma autobiografia diferenciada. Em 2003 ele ganhou o Prêmio Balzan para a História da Europa desde 1900

Ficha técnica: Considerado um dos historiadores atuais mais importantes, Hobsbawm, além de velho militante de esquerda, continua utilizando o método marxista para a análise da História, sempre a partir do princípio da luta de classes. É membro da Academia Britânica e da Academia Americana de Artes e Ciências. Foi professor de História no Birkbeck College (Universidade de Londres) e ainda é professor da New School for Social Research de Nova Iorque.

Fonte: Wikipédia

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Restaurante Xique-Xique


Carne de sol completa

O proprietário, Rubem Lucena, orgulha-se de servir em Brasília a legítima carne de sol de Caicó, no Rio Grande do Norte. Sua versão completa vem acompanhada de feijão-de-corda, paçoca, macaxeira cozida, arroz e manteiga da terra (R$ 55,00, para duas pessoas). Doces caseiros de jaca, caju, leite e mamão com coco, todos também trazidos da cidade potiguar (R$ 6,00 cada um), completam a refeição. Para acompanhar, tem chope Brahma claro ou escuro (R$ 4,60 a tulipa).

CLS 107 BLOCO E LJ. 2
Brasília
Fone: 61 3244 5797

Bar do Amigão

Joelho de porco frito
Há trinta anos a antiga mercearia preserva o ar simples de boteco. Cervejas Original (R$ 5,30) e Brahma (R$ 5,00), além de doses da cachaça mineira Germana (R$ 7,00), fazem companhia a receitas como a do joelho de porco cozido e defumado guarnecido de batata sautée. A porção, com cerca de 800 gramas, custa R$ 39,50. Outra opção é o rosbife acebolado acompanhado de pão, por R$ 26,00. Às quintas, no almoço, tem rabada com agrião mais arroz, polenta, batata e pirão a R$ 37,00.

506 sul, bloco B, loja 46

Brasília
Telefone: 32441109
Horário: 11h/23h (sáb. até 17h30; fecha dom. e feriados)

Os pássaros mais belos da nossa fauna

terça-feira, 18 de outubro de 2011

PAZ IRMÃOS!

Madre Tereza de Calcutá

Servindo ao mundo

Já na Índia, ao serviço dessa congregação como professora, ao primeiro lar infantil ou "Sishi Bavan" (Casa da Esperança), fundada em 1952, juntou-se ao "Lar dos Moribundos", em Kalighat. A princípio, ela teve alguns problemas de ordem religiosa, com alguns grupos que professavam uma outra fé, e conseqüentemente, uma outra religião e cultura, mas com o passar do tempo, todos foram notando, que ela tinha realmente boas intenções, e que sua obra tinha verdadeiramente um caráter nobre. Assim, ela começa a receber donativos de hindus, muçulmanos, budistas, etc. E assim também foi ocorrendo em relação às outras situações difíceis e problemáticas, tais como: crianças abandonadas, aidéticos, mulheres que haviam sido abusadas e engravidaram, leprosos...

Mais de uma década depois, em 1965, a Santa Sé aprovou a Congregação Missionárias da Caridade e, entre 1968 e 1989, estabeleceu a sua presença missionária em países como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados Unidos da América, Sri Lanka, Ceilão, Itália, antiga União Soviética, China, etc.

O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Prêmio Templeton, em 1973, e com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.

Morreu em 1997 aos 87 anos, de ataque cardíaco, quando preparava um serviço religioso em memória da Princesa Diana de Gales, sua grande amiga e falecida ela própria 6 dias antes, num acidente de automóvel em Paris. Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do mundo que quiseram estar presentes para prestar a sua homenagem. As televisões do mundo inteiro transmitiram ao vivo durante uma semana, os milhões que queriam vê-la no estádio Netaji. No dia 19 de outubro de 2003, o Papa João Paulo II beatificou Madre Teresa.

O seu trabalho missionário continua através da irmã Nirmala, eleita no dia 13 de março de 1997 como sua sucessora.

Um de seus pensamentos era este: “Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso”. Criou as missionárias da caridade, onde todas as freiras iriam ajudar não a ela, mas sim a todos os necessitados. Todos registrados.

Fonte: Wikipédia,


Poema da Paz

O dia mais belo? Hoje.
A coisa mais fácil? Equivocar-se.
O obstáculo maior? O medo.
O erro maior? Abandonar-se.

A raiz de todos os males? O egoísmo.
A distração mais bela? O trabalho.
A pior derrota? O desalento.
Os melhores professores? As crianças.

A primeira necessidade? Comunicar-se.
O que mais faz feliz? Ser útil aos demais.
O mistério maior? A morte.
O pior defeito? O mau humor.

A pessoa mais perigosa? A mentirosa.
O sentimento pior? O rancor.
O presente mais belo? O perdão.
O mais imprescindível? O lar.

A estrada mais rápida? O caminho correto.
A sensação mais grata? A paz interior.
O resguardo mais eficaz? O sorriso.
O melhor remédio? O otimismo.

A maior satisfação? O dever cumprido.
A força mais potente do mundo? A fé.
As pessoas mais necessárias? Os pais.
A coisa mais bela de todas? O amor.

Poema de Madre Teresa de Calcutá

Joanna de Ângelis


Joanna de Ângelis é a guia espiritual do médium espírita brasileiro Divaldo Franco, entidade à qual é atribuída a autoria da maior parte das suas obras psicografadas.

A obra mediúnica de Joanna de Ângelis é composta por dezenas de livros, muitos deles traduzidos para diversos idiomas, versando sobre temas existenciais, filosóficos, religiosos, psicológicos e transcendentais.

Dentre as suas obras destacam-se as da Série Psicológica, composta por mais de uma dezena de livros, nos quais a entidade estabalece uma ponte entre a Doutrina Espírita e as modernas correntes da Psicologia, em especial a transpessoal e junguiana.

Revelações

Em 1969, Divaldo encontrava-se proferindo palestras no México, num congresso pan-americano de Espiritismo, quando em sua última conferência, chamou-lhe a atenção um jovem que o gravava com muito interesse. Joanna disse tratar-se de alguém que fazia parte de sua família espiritual e que Divaldo pedisse a ele para levá-lo a San Miguel Nepantla, localidade situada a oitenta quilômetros da cidade do México.

Terminada a reunião, o jovem Engo. Ignacio Domingues Lopez, chefe da Petromex, veio agradecer-lhe pela palestra, e Divaldo solicitou-lhe informações a respeito do lugar a que Joanna se referira. O rapaz se prontificou a levá-lo até lá.

Conduzidos pela Mentora espiritual, chegaram ao lugarejo, onde havia uma propriedade que era patrimônio histórico nacional. Ali havia restos de uma antiga construção dedicada a Soror Juana Inés de la Cruz, que era considerada uma grande poetisa de língua hispânica, a primeira feminista de fala espanhola. Na parede da casa havia, inscrito, um poema de sua autoria, junto ao qual Divaldo fez questão de ser fotografado com os demais companheiros. Numa das fotos, para surpresa de todos, aparece a figura de Joanna de Ângelis.

Joanna pediu a Divaldo que revelasse ao moço que Sóror Juana Inés de la Cruz havia sido ela própria na sua penúltima encarnação. Apesar de relutar um pouco, por tratar-se de vulto muito importante para o México, tanto assim que a cédula de 1000 pesos tem-lhe a efígie, ele obedeceu, e o jovem levou-o dali ao Monastério de São Jerônimo, onde ela serviu e desencarnou, ofertando-lhe mais tarde o livro "Obras Completas de Sóror Juana Inés de la Cruz". Lá Joanna contou mais detalhes daquela existência, inclusive dizendo que Sóror Juana era o seu nome religioso, pois, na verdade, chamava-se no século, Juana de Asbaje.

Estudando a vida dessa religiosa, Divaldo foi-lhe tomando conhecimento da elevação espiritual.

No sesquicentenário da Independência do Brasil, ela lhe disse:

- Tenho notícias para dar-te. Na minha última encarnação participei das lutas libertárias do Brasil, na Bahia. Eu vivia aqui mesmo, em Salvador, no Convento da Lapa e me chamava Joana Angélica de Jesus. Vai lá, que eu te quero relatar como foi o acontecimento.

Divaldo foi, ela apresentou-se com a aparência da época, contou-lhe alguns detalhes interessantes e ditou-lhe uma mensagem para as comemorações do evento.

Quando, mais tarde, Divaldo leu a obra Boa Nova, de Humberto de Campos, psicografada por Francisco Cândido Xavier, ficou especialmente tocado por uma personagem de quem o autor narrava a história. Era Joana de Cusa.

Em 1978, indo pela terceira vez a Roma, em companhia de Nilson de Souza Pereira, Joanna conduziu-os ao Coliseu e lá revelou-lhes, com discrição, pormenores da vida dos cristãos primitivos, apontando lugares célebres, dentre eles o local exato onde Joana de Cusa, juntamente com seu filho, haviam sido queimados vivos. Falou a respeito da mártir com tanta riqueza de detalhes que levou o médium à suspeita de que Joanna de Ângelis seria a mesma Joana de Cusa. Por interessante coincidência, o momento da revelação foi feito na mesma hora em que séculos atrás, no ano de 68 d.C., acontecera o martírio de Joana, seu filho e mais quinhentos cristãos, que tiveram seus corpos queimados de tal forma que as chamas iluminaram a cidade. Era a tardinha de 27 de agosto.

Passou o tempo. Quando, em outra ocasião, Divaldo regressou à Itália, em companhia de Nilson, Joanna convidou-os a visitarem a tumba de Francisco de Assis, o que se deu sem o burburinho dos turistas. Nesse local, Joanna ditou a mensagem, intitulada Êmulo de Jesus, que se encontra no livro A Serviço do Espiritismo, pág. 227. No momento em que psicografava, Divaldo a viu transfigurada. Havia uma beleza lirial em seu rosto. Quando terminou a mensagem, ela disse que gostaria que visitassem o convento de Clara de Assis. Chegando lá, Joanna acercou-se da monja que os atendeu e transmitiu uma frase, em italiano, pedindo-lhe que os conduzisse ao interior, o que Divaldo repetiu para a religiosa que, induzida pela Mentora, abriu-lhes a porta, emocionada, conduzindo-os para o altar aonde se encontrava o corpo de Clara. Joanna, profundamente comovida, disse-lhe:

- Há, em minha alma, um amor de tternura infinita por aquele que é o irmão da Natureza.

Joanna, certamente, havia vivido na época de Francisco de Assis, talvez numa das ordens fundadas por Clara, o que justificaria sua contrição e suas lágrimas no momento em que evocava aqueles dias maravilhosos.

Levou-os, a seguir, à Porciúncula, ao local onde São Francisco orava, na Igreja de Santa Maria dos Anjos, à Igreja de São Damião, ao Eremitério, no alto da cordilheira da Úmbria, onde havia algo de transcendental, com aquela plantação de lavanda que o vento acariciava, deixando todos impregnados de suave perfume.

Os anos se foram passando. A sua mensagem foi esclarecendo e consolando milhares de criaturas, em várias partes do mundo.

Certa vez, Divaldo lhe perguntou por que ela nunca lhe dedicara uma mensagem particular, endereçada, especialmente, a ele. Joanna informou-lhe:

- Estranha a indagação. Poorque tu hás de ter notado que eu só escrevo na segunda pessoa do singular. Sempre que o faço, dirijo-me a ti. Quando tu publicas, os outros aceitam se quiserem, mas a mensagem é dedicada a ti, para que nunca digas que não sabias. Eu já escrevi mais de duas mil mensagens por tuas mãos. Apresentei-as para a tua conduta, para tua vida. É sempre tu.

Este espírito, aureolado por infinito amor e profunda sabedoria, tem acompanhado Divaldo na sua trajetória de divulgação doutrinária, assistido a sua Obra de Assistência Social, não deixando, no entanto, de se fazer presente em cada grupamento cristão, levando a sua palavra de esclarecimento e conforto, qual se fora um Sol, que irradia luz, aquece e dá vida, em vários lugares, ao mesmo tempo.

Fonte: Santos, Celeste e Franco, Divaldo P.; A Veneranda Joanna de Ângelis; Livraria Espírita Alvorada, Salvador, BA, Brasil, 1987

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Santas Casas de Misericórdia... Você precisa saber mais sobre elas

Dedicando-se à religião católica e à caridade, além de proteger as artes e letras, no final do século XV, em Portugal, em 1498, a sua Rainha Dona Leonor fundou a primeira Santa Casa do mundo, que nasceu, assim, com um princípio próprio, revestido de uma profunda ação de solidariedade e caridade cristãs.

Foi criada justa e principalmente para prestar assistência médica às pessoas mais necessitadas e daí a propriedade da palavra Misericórdia, que é "piedade, compaixão e sentimento despertados pela infelicidade de outrem". Esse princípio vingou e até hoje, onde houver uma "Santa Casa", a sua preocupação maior é prestar assistência médico-hospitalar a quem dela precisar, dando especial atenção, gratuitamente, aos realmente necessitados, papel desempenhado hoje através de convênio mantido junto ao SUS - Sistema Único de Saúde.

Tendo o Brasil sido descoberto e colonizado por Portugal, para cá também se trasladou essa preocupação de assistir-se aos carentes, fundando-se, então, em Santos e Olinda, as primeiras "Santas Casas", que, com o transcorrer dos anos, se disseminaram por todo o país. Essas instituições, sempre o foram e continuam sendo o maior parceiro do Governo, como seu braço forte e a um custo insignificante, na luta constante da preservação da saúde do brasileiro, que, como consta de nossa constituição, "é direito de todos e dever do Estado".

As Santas Casas sobrevivem e se desenvolvem graças à fibra e força de vontade das pessoas que as dirigem, sempre labutando para suprirem-se de recursos financeiros que possibilitem seu crescimento e o engrandecimento. Modestas no início de suas vidas, acompanharam com sacrifício e dentro de suas possibilidades, o crescimento material e o sucesso tecnológico por que passa a medicina.

Como é do conhecimento geral, atualmente a saúde é por demais cara, tendo um elevado custo que mais se sobrecarrega pela situação econômica que o país atravessa. Some-se a isso a carga salarial e o elevado preço de materiais e medicamentos, que aumentam constantemente. Também são exclusivos os valores de aparelhos colocados à disposição da área, ante a qualidade e eficiência que ostentam, cuja oferta é grande, sendo mesmo necessários aos exames que se exigem para que o diagnóstico seja o mais completo e exato possível.

Hoje, de modestas e simples "Casas de Saúde" que eram as Santas Casas, para poderem acompanhar o progresso e não ficarem paradas no tempo e no espaço, são forçosamente uma empresa e, como tal, têm de ser assim administradas e dirigidas, sob pena de sucumbirem.

Toda entidade, conveniada com o SUS, tem de esforçar-se ao máximo para manter com dignidade e eficiência o atendimento médico-hospitalar direcionado aos seus usuários, que representam no mínimo 60% (sessenta por cento) da assistência prestada, indistintamente. Isso devido aos valores que lhe são repassados pelo SUS, que sequer cobrem os custos dos procedimentos efetuados, representando apenas 30% (trinta por cento) de sua receita bruta, obrigando a instituição a complementar com recursos próprios, advindos de receitas alternativas, o restante de 70% (setenta por cento) para a realização da assistência hospitalar aos usuários do SUS.

Necessária e obrigatoriamente, nos dias atuais, toda entidade hospitalar, de Misericórdia, tem de manter receitas alternativas para que possa sobreviver advinda de convênios mantidos com instituições privadas e principalmente de planos de saúde próprios, pois, se a única fonte provier do SUS não terá condições de continuar a sua marcha gloriosa, iniciada, muitas vezes, há mais de cem anos, quando a situação era bem diferente e bem menos exigente das condições atuais.

Tem-se ressaltar, porque indispensável, os planos de saúde próprios um suporte preponderante para a vida econômico-financeira das Santas Casas, sendo, mesmo, um pilar-mestre de sustentação de suas atividades, para que possa continuar desempenhando suas atividades, voltadas unicamente à saúde pública, merecendo mesmo, neste particular, o apoio da sociedade e da comunidade.

Há necessidade premente que o Governo reveja os valores de sua tabela e que ela, se não deixar margem às Santas Casas, entidades eminentemente filantrópicas, pelo menos cubra efetivamente o custo despendido pelos procedimentos efetuados, que é uma despesa exagerada, difícil de ser suportada se não houver outros recursos.

Se efetivar-se essa revisão, dentro dos parâmetros necessários e exigíveis, isso já seria uma vantagem, um socorro excelente, notadamente para que, juntamente com as receitas alternativas, consiga manter a assistência médico-hospitalar que propicia e que também possa, mesmo que modestamente, melhor aparelhar-se como se exige hoje. O que se acena é de premente necessidade pois, se perdurar a atual situação, são sombrias as perspectivas que se prenunciam e a sobrevivência das Santas Casas se mostra desanimadora. Como enfrentar esse grave problema?

Primeiramente que as pessoas, que se predispõem a integrar as diretorias das Santas Casas, estejam dispostas corajosamente a enfrenta-lo e que jamais desanimem de seu ideal cristão de solidariedade e fraternidade, visando sempre o bem estar da saúde das pessoas, não esquecendo jamais das mais carentes para as que foram criadas as entidades e que sobrevivem justamente pelo estoicismo de seus diretores, porque têm fé e acreditam no trabalho social que desenvolvem.

Também, paralelamente, todas as Santas Casas do Brasil, indistintamente, têm de unir-se numa sólida organização, porquanto os ideais são comuns a todas, o que certamente lês dará a força necessária para exigirem a imprescindível consideração dos poderes públicos, que têm a obrigação de velar por elas, haja vista que lhes transferem sua obrigação de atender à saúde do povo, hoje a um valor insignificante, que só lhes acarreta dificuldades, e que seque cobre o custo dos procedimentos.

Dessa união eficaz certamente crescerá o poder de influência junto às comunidades e aos agentes públicos de suas regiões, expondo-lhes sempre as atividades que desempenham, as dificuldades disso resultantes, notadamente as financeiras pelo pouco que recebem. Necessária se faz também a atuação de representantes políticos para que se melhore o relacionamento do Governo, em todas as esferas, com as Santas Casas para que, com dignidade, tenham condições de continuar suas meritórias atividades, não lhes impondo somente encargos.

Assim, da feliz união entre Santa Casa e Governo, decorrerá certamente um melhor relacionamento, com os bons frutos da cooperação mútua que fará irradiar seus benéficos efeitos de modo a cooperarem para que a justiça e a paz social se tornem uma realidade em nosso querido país. Concluindo-se, é bom que se afirme, isto necessariamente para conhecimento público, que todos os Diretores das Santas Casas, indistintamente, nada percebem pelos serviços que lhes prestam, trabalhando voluntariamente e muitas vezes com sacrifício de suas atividades particulares.

Texto: Mário José Ronsini

Diretor da Santa Casa de Piracicaba

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ao legendário Cine Ritz

Numa quarta-feira de 2009 a polícia e o judiciário baixaram as portas do legendário Cine Ritz de Brasília que vinha funcionando há umas três décadas nas entranhas do CONIC. Foi lá que o livro: Prostitutas, bruxas, donas de casa foi lançado pela primeira vez, em 1990. Um barril de chope livre no balcão, uma fila imensa de senhores e de madames no portal de entrada, música, strip-tease e sexo ao vivo no palco. Foi um verdadeiro show. Aqueles que participaram dizem que aquela noite foi a noite mor de suas vidas...

Parece que no Brasil há uma maldição rondando o Cine Ritz. Não faz muito fecharam as portas do que ficava no calçadão da Rua XV em Curitiba. O mesmo destino teve o que funcionava na Avenida São João e o que ficava entre a Ipiranga e a Dom José de Barros, em São Paulo. Muitos pelo país a fora tiveram a mesma sina, e a todos se acusou de serem antros de marginais, de putas, bandidos, desempregados, viciados, pederastas, voyeristas, cheiradores de pó, ateus, apátridas, loucos, delinqüentes, em uma palavra: seres de hábitos crepusculares.

Puro moralismo! Uns, simplesmente viraram esqueletos abandonados, outros se transformaram em igrejas, templos, shoppings, confeitarias etc. Sabe-se que o nome vem do francês César Ritz, dono do famoso Hotel Ritz da Place Vendôme, número 15, em Paris, construído ainda no século XVIII.

É verdadeiramente uma pena que esses locais folclóricos e esses antros bestiais desapareçam de um dia para outro, pela simples ideologia ou pela simples culpabilidade de um ou dois brutamontes. Enfim, parafraseando F. Wheen, o ritual sistemático de acasalamento entre a Justiça, a Igreja e os Falsos Moralistas serviu sempre para confirmar o velho e conhecido provérbio: post coitum omne animal triste est.

Texto: Belluno

Acesse:

Liga Retrô - Bons Desenhos













quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Os Cascavelletes

Foi uma das seminais bandas da época, quando houve uma ascensão no rock gaúcho, junto à TNT, DeFalla, Garotos da Rua e Os Replicantes. Tinha influências de bandas inglesas como Rolling Stones e Beatles, além do rockabilly dos anos 50. A banda caracaterizava-se por temas geralmente ligados a sexo, drogas e rock 'n' roll. Ficou muito conhecida por criar um estilo musical próprio, chamado porno rock.

Ouça na rede:

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Pink Floyd The Wall



The Wall é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda inglesa de rock progressivo Pink Floyd. Lançado como álbum duplo em 30 de Novembro de 1979 ele foi, posteriormente, tocado ao vivo com efeitos teatrais, além de ter sido adaptado para o cinema.

Seguindo a tendência dos últimos três álbuns de estúdio da banda, The Wall é um álbum conceitual, tratando de temas como abandono e isolamento pessoal. Foi concebido, inicialmente, durante a turnê In the Flesh, em 1977, quando a frustração do baixista e letrista Roger Waters para com seus espectadores tornou-se tão aguda que ele se imaginou construindo um muro entre o palco e o público.

The Wall é uma ópera rock centrada em Pink, um personagem fictício baseado em Waters. As experiências de vida de Pink começam com a perda de seu pai durante a Segunda Guerra Mundial, e continuam com a ridicularização e o abuso de seus professores, com sua mãe superprotetora e, finalmente, com o fim de seu casamento. Tudo isso contribui para uma auto-imposta isolação da sociedade, representada por uma parede metafórica.

O álbum contém um estilo mais duro e teatral do que os lançamentos anteriores do Pink Floyd. O tecladista Richard William Wright deixou a banda durante a produção do álbum, continuando no processo como um músico pago, apresentando-se com o grupo na turnê The Wall. Comercialmente bem-sucedido desde o seu lançamento, o álbum foi um dos mais vendidos de 1980, vendendo mais de 11.5 milhões de unidades nos Estados Unidos, atingindo a primeira posição da Billboard. A revista Rolling Stone listou The Wall na 87ª posição em sua lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos.

Fonte: Wikipédia

S.R.V.



Stephen Ray "Stevie Ray" Vaughan (Dallas, 3 de outubro de 1954 , foi um guitarrista de blues elétrico norte-americano. Era o irmão mais novo de Jimmie Vaughan e o líder da Double Trouble. Nascido em Dallas, Vaughan se mudou para Austin com 17 anos, quando iniciou sua carreira musical.

Foi uma importante figura do Texas blues, um estilo musical caracterizado pelo swing e pela fusão do blues com o rock. Tornou-se um dos principais músicos do blues rock, com diversas aparições na televisão e álbuns lançados. O trabalho de Vaughan englobou diversos estilos, incluindo o jazz e baladas. Foi indicado à doze Grammys, vencendo seis; em 2000, foi postumamente induzido ao Hall da Fama do Blues. Morreu em 27 de agosto de 1990, em um acidente de helicóptero em East Troy que também pôs fim à vida de integrantes da equipe de Eric Clapton.

Mestria - Pequenos Ensaios em Direção à Verdade - Aleister Crowley


"O Aeon de Hórus chegou; e sua primeira flor pode bem ser esta: que, livres da obsessão do fim do Ego na Morte, e da limitação da Mente pela Razão, os melhores homens uma vez mais ingressem de olhos abertos no Caminho dos Sábios, o trilho montanhês do bode, que leva às Encostas virgens, e daí aos píncaros gelados rebrilhantes da cordilheira da ...........M E S T R I A !"

Aleister Crowley

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Dalai Lama e o Tibet





O Tibete ou Tibet é uma região de planalto da Ásia, um território disputado situado ao norte da cordilheira do Himalaia. É habitada pelos tibetanos e outros grupos étnicos como os monpas e os lhobas, além de minorias de chineses han e hui.

O Tibete é a região mais alta do mundo, com uma elevação média de 4 900 metros de altitude, e recebe a designação de "o teto do mundo" ou "o telhado do mundo".

Durante a sua história, o Tibete existiu como uma região composta por diversas áreas soberanas, como uma única entidade independente e como um Estado vassalo, sob suserania ou soberania chinesa. Foi unificado pela primeira vez pelo rei Songtsän Gampo, no século VII. Por diversas vezes, da década de 1640 até a de 1950, um governo nominalmente encabeçado pelos Dalai Lamas (uma linhagem de líderes políticos espirituais tidos como emanações de Avalokiteśvara - o bodisatva da compaixão) dominou sobre uma grande parte da região tibetana. Durante boa parte deste período a administração tibetana também esteve subordinada ao império chinês da Dinastia Qing.

Em 1913 o 13º Dalai Lama expulsou os representantes e tropas chinesas do território formado atualmente pela Região Autônoma do Tibete. Embora a expulsão tenha sido vista como uma afirmação da autonomia tibetana, esta independência proclamada do Tibete não foi aceita pelo governo da China nem recebeu reconhecimento diplomático internacional e, em 1945, a soberania da China sobre o Tibete não foi questionada pela Organização das Nações Unidas.

Após uma invasão contundente e uma batalha feroz em Chamdo, em 1950, o Partido Comunista da China assumiu o controle da região de Kham, a oeste do alto rio Yangtzé; no ano seguinte o 14º Dalai Lama e seu governo assinaram o Acordo de Dezessete Pontos. Em 1959, juntamente com um grupo de líderes tibetanos e de seus seguidores, o Dalai Lama fugiu para a Índia, onde instalou o Governo do Tibete no Exílio em Dharamsala. Pequim e este governo no exílio discordam a respeito de quando o Tibete teria passado a fazer parte da China, e se a incorporação do território à China é legítima de acordo com o direito internacional. Ainda existe muito debate acerca do que exatamente constitui o território do Tibete e de qual seria sua exata área e população.

Fonte:  Wikipédia

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Moção contra o fechamento do Museu do Automóvel de Brasília


Petição Moção de Apoio ao Museu do Automóvel de Brasilia
Para:Presidência da República

Sr. Presidente da República,

O Museu do Automóvel de Brasília tem cumprido de forma exemplar a missão de manter viva, nesta Capital Federal, a história da indústria automobilística - em especial o capítulo brasileiro desta história - promovendo a perenização da cultura e a preservação de parte relevante do acervo histórico brasileiro sobre o tema.

2. Esta nobre missão é realizada por um museu modesto, mas que detêm, dada sua qualidade e diversidade, um dos acervos mais valiosos de todo o país, incluindo exemplares raros de veículos produzidos em série limitadíssima, e últimos exemplares de diversas série de motores produzidos pela indústria brasileira.

3. Por sua relevância cultural, pela importante missão de preservar a história e a memória da indústria automobilística e sua influência na vida moderna brasileira, e pela manutenção, nesta Capital Federal, deste rico e valoroso acervo, manifestamos todo nosso apoio à causa do Museu do Automóvel de Brasília e à sua curadoria, para que este seja mantido em pleno funcionamento, situado em local nobre e em condições plenas para realizar, com excelência, sua relevante missão.


Assine a moção de apoio ao Museu do Automóvel de Brasília abaixo:

http://www.peticaopublica.com/?pi=apoiomab


O Museu do Automóvel de Brasília está na iminência de desaparecer.
Precisamos do seu apoio para conseguir uma nova sede para o Museu.
Ajude o Museu! clique na imagem abaixo, assine a petição e divulgue para seus conhecidos!
O Museu do Automóvel de Brasília agradece!

Sobre o Museu do Automóvel:
SGON - Quadra I - n. 205
CEP: 70.610 - 610
Brasília-DF

+55 (61) 3225.3000

Horário de funcionamento:
11h as 17h

Ingresso
R$10,00 inteira
R$5,00 meia

Pagam meia crianças de 06 anos a 12 anos incompletos, estudantes, maiores de 60 anos e grupos acima de 4 pessoas.

Mediante apresentação de documento de identificação específico, isenção de ingressos

Venha nos fazer uma visita!

FASES DA LUA

Fase da Lua hoje como vista por um observador voltado para o sul, tendo o leste à sua esquerda e o oeste à sua direita. À medida que a Lua viaja ao redor da Terra ao longo do mês, ela passa por um ciclo de fases, durante o qual sua forma parece variar gradualmente. O ciclo completo dura aproximadamente 29,5 dias. Esse fenômeno é bem compreendido desde a Antiguidade. Acredita-se que o grego Anaxágoras (± 430 a.C.), já conhecia sua causa, e Aristóteles (384 - 322 a.C.) registrou a explicação correta do fenômeno: as fases da Lua resultam do fato de que ela não é um corpo luminoso, e sim um corpo iluminado pela luz do Sol.


A face iluminada da Lua é aquela que está voltada para o Sol. A fase da lua representa o quanto dessa face iluminada pelo Sol está voltada também para a Terra. Durante metade do ciclo essa porção está aumentando (lua crescente) e durante a outra metade ela está diminuindo (lua minguante). Tradicionalmente apenas as quatro fases mais características do ciclo - Lua Nova, Quarto-Crescente, Lua Cheia e Quarto-Minguante - recebem nomes, mas a porção que vemos iluminada da Lua, que é a sua fase, varia de dia para dia. Por essa razão os astrônomos definem a fase da Lua em termos de número de dias decorridos desde a Lua Nova (de 0 a 29,5) e em termos de fração iluminada da face visível (0% a 100%). Recapitulando, fase da lua representa o quanto da face iluminada pelo Sol está na direção da Terra.
As quatro fases principais do ciclo são:

Lua Nova:

• Lua e Sol, vistos da Terra, estão na mesma direção

• A Lua nasce 6h e se põe 18h.

A Lua Nova acontece quando a face visível da Lua não recebe luz do Sol, pois os dois astros estão na mesma direção. Nessa fase, a Lua está no céu durante o dia, nascendo e se pondo aproximadamente junto com o Sol. Durante os dias subsequentes, a Lua vai ficando cada vez mais a leste do Sol e, portanto, a face visível vai ficando crescentemente mais iluminada a partir da borda que aponta para o oeste, até que aproximadamente 1 semana depois temos o Quarto-Crescente, com 50% da face iluminada.

Lua Quarto-Crescente:

• Lua e Sol, vistos da Terra, estão separados de 90°.

• a Lua está a leste do Sol e, portanto, sua parte iluminada tem a convexidade para o oeste.

• a Lua nasce meio-dia e se põe meia-noite

A Lua tem a forma de um semi-círculo com a parte convexa voltada para o oeste. Lua e Sol, vistos da Terra, estão separados de aproximadamente 90°. A Lua nasce aproximadamente ao meio-dia e se põe aproximadamente à meia-noite. Após esse dia, a fração iluminada da face visível continua a crescer pelo lado voltado para o oeste, até que atinge a fase Cheia.

Lua Cheia

• Lua e Sol, vistos da Terra, estão em direções opostas, separados de 180°, ou 12h.

• a Lua nasce 18h e se põe 6h do dia seguinte.

Na fase cheia 100% da face visível está iluminada. A Lua está no céu durante toda a noite, nasce quando o Sol se põe e se põe no nascer do Sol. Lua e Sol, vistos da Terra, estão em direções opostas, separados de aproximadamente 180°, ou 12h. Nos dias subsequentes a porção da face iluminada passa a ficar cada vez menor à medida que a Lua fica cada vez mais a oeste do Sol; o disco lunar vai dia a dia perdendo um pedaço maior da sua borda voltada para o oeste. Aproximadamente 7 dias depois, a fração iluminada já se reduziu a 50%, e temos o Quarto-Minguante.

Lua Quarto-Minguante

• a Lua está a oeste do Sol, que ilumina seu lado voltado para o leste

• a Lua nasce meia-noite e se põe meio-dia

A Lua está aproximadamente 90° a oeste do Sol, e tem a forma de um semi-círculo com a convexidade apontando para o leste. A Lua nasce aproximadamente à meia-noite e se põe aproximadamente ao meio-dia. Nos dias subsequentes a Lua continua a minguar, até atingir o dia 0 do novo ciclo.

O intervalo de tempo médio entre duas fases iguais consecutivas é de 29d 12h 44m 2.9s ( 29,5 dias). Esse período é chamado mês sinódico, ou lunação, ou período sinódico da Lua.

O período sideral da Lua, ou mês sideral é o tempo necessário para a Lua completar uma volta em torno da Terra, em relação a uma estrela. Sua duração média é de 27d 7h 43m 11s , sendo portanto 2,25 dias mais curto do que o mês sinódico.

O período sinódico da Lua, com duração de aproximadamente 29,5 dias (variando entre 29,26 6 e 29,80 dias), é, em média, 2,25 dias maior do que o período sideral da Lua porque nos 27,32 dias em que a Lua faz uma volta completa em relação às estrelas (o período sideral da Lua), o Sol de desloca [360°/(365,25 dias)] aproximadamente 27°=(27 dias × 1°/dia) para leste e, portanto, é necessário mais 2 dias [27°/(360°/27,32 dias)] para a Lua se deslocar estes 27° e estar na mesma posição em relação ao Sol, que define a fase.

Dia Lunar: Tendo em vista que o período sideral da Lua é de 27,32166 dias, isto é, que ela se move 360° em relação às estrelas para leste a cada 27,32 dias, deduz-se que ela se desloca para leste 13° por dia (360°/27,32), em relação às estrelas. Levando-se em conta que a Terra gira 360° em 24 horas, e que o Sol de desloca 1° para leste por dia, deduzimos que a Lua se atrasa 48 minutos por dia [(12°/360°)×(24h×60m)], isto é, a Lua nasce cerca de 48 minutos mais tarde a cada dia.

Recapitulando, a Lua se move cerca de 13° para leste, por dia, em relação às estrelas. Esse movimento é um reflexo da translação da Lua em torno da Terra, completada em 27,32 dias (mês sideral). O Sol também se move cerca de 1° por dia para leste, refletindo a translação da Terra em torno do Sol, completada em 365,2564 dias (ano sideral). Portanto, a Lua se move cerca de 12° por dia em relação ao Sol, e a cada dia a Lua cruza o meridiano local aproximadamente 48 min mais tarde do que no dia anterior. O dia lunar, portanto, tem 24h48m.


Rotação da Lua:

À medida que a Lua orbita em torno da Terra, completando seu ciclo de fases, ela mantém sempre a mesma face voltada para a Terra. Isso indica que o seu período de translação é igual ao período de rotação em torno de seu próprio eixo. Portanto. a Lua tem rotação sincronizada com a translação.

É muito improvável que essa sincronização seja casual. Acredita-se que ela tenha acontecido como resultado das grandes forças de maré exercidas pela Terra na Lua no tempo em que a Lua era jovem e mais elástica. As deformações tipo bojos causadas na superfície da Lua pelas marés teriam freiado a sua rotação até ela ficar com o bojo sempre voltado para a Terra e, portanto, com período de rotação igual ao de translação. Essa perda de rotação teria em consequência provocado o afastamento maior entre Lua e Terra (para conservar o momentum angular). Atualmente a Lua continua afastando-se da Terra, a uma taxa de 4 cm/ano.

Note que como a Lua mantém a mesma face voltada para a Terra, um astronauta na Lua não vê a Terra nascer ou se pôr. Se ele está na face voltada para a Terra, a Terra estará sempre visível. Se ele estiver na face oculta da Lua, nunca verá a Terra.

________________________________________

Como o sistema Terra-Lua sofre influência gravitacional do Sol e dos planetas, a Terra e a Lua não são esféricas e as marés provocam fricção dentro da Terra e da Lua, a órbita não é regular, precisando de mais de cem termos para ser calculada com precisão. O período sideral varia até 7 horas. O período sinódico tem variação ainda maior, de até 12 horas (Lang,2001).

A órbita da Lua em torno da Terra está inclinada 5° em relação à orbita da Terra em torno do Sol.
 

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Hoje é dia de São Francisco de Assis

Orai conosco.

Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!

Ó Mestre,
fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a vida eterna!

A história do rock de Brasília contada em livro


Jornalista reúne depoimentos da turma de curtidores do punk rock da cidade que daria origem a bandas como Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial e Plebe Rude

Por Silvio Essinger em 08/05/2001

- Alô, Babu, é o Renato. Você sabe tocar baixo?

- Não, Renato, só sei tocar alto.

- Rá, rá, rá, tá! Tá bom, tchau.

E assim, por causa de uma piada boba, Babu perdeu a chance de tocar com a Legião Urbana, que poucos anos depois se tornaria uma das maiores bandas de rock no Brasil. Essa é apenas uma das histórias que o jornalista Paulo Marchetti, 30 anos de idade, conta no livro O Diario da Turma 1976/1986: A Historia do Rock de Brasilia, que sai em breve pela editora Conrad e que terá lançamento dia 22 de junho, no Espaço Cultural Renato Russo (ex-Teatro Galpão), na 508 Sul, em Brasília. Durante a festa, uma banda montada especialmente para a ocasião tocará as músicas de alguns dos grupos retratados no livro.

O ano de 1976 é aquele em que saem nos Estados Unidos e na Inglaterra os primeiros discos do punk rock - aqueles que irão influenciar os garotos de Brasília a montar suas bandas. E 1986 é quando as bandas que se destacaram na cena - Legião Urbana, Plebe Rude, Capital Inicial - já estão todas fora da cidade, tocando suas carreiras em meio à explosão do Rock Brasil. Nesses 10 anos se desenrola a história, que é recuperada por Paulo na forma do entrelaçamento de depoimentos das várias das pessoas envolvidas, mais ou menos como no livro Mate-Me por Favor, que retrata a cena punk inaugural, de Nova Iorque.

O jornalista entrevistou mais de 100 pessoas para o livro, 60 das quais acabaram entrando no livro. Algumas conhecidas, como Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá (Legião), Herbert Vianna e Bi Ribeiro (Paralamas, que só seria formado no Rio de Janeiro), Dinho, Lôro, Fê e Flávio Lemos (Capital Inicial), Phillipe Seabra e André Muller (Plebe Rude) e o irmão de André, Bernardo (da Escola de Escândalo). Mas ele também foi atrás de pessoas que não chegaram ao estrelato, como Boticão, Ana Resende, Marta, Cris e o (agora) lendário Babu. Alguns foram bem difíceis de ser achados, como o iugoslavo Sava (que voltou para sua terra) e Iko Ouro Preto, irmão de Dinho, que muito brevemente tocou guitarra na Legião e hoje é fotógrafo em Paris.

Algumas pessoas infelizmente não deram depoimentos para o livro. Dois dos mais importantes, porque morreram, coincidentemente em 1996: Renato Russo e Fejão, guitarrista do Escola de Escândalo. "Fejão tocava de tudo, baixo, guitarra, e muito bem", conta. Outras pessoas, o autor simplemente não conseguiu encontrar porque elas se isolaram no mato: caso de Negrete (baixista da Legião) e Jander Bilaphra (guitarrista e vocalista da Plebe Rude).

Tema bem familiar

Paulo conta que sempre teve muita vontade de escrever um livro - seguindo o conselho do roteirista Doc Comparato, resolveu começar por um tema que conhecia bem. E suas memórias foram reavivadas em 97, quando trabalhava na MTV e estava preparando um especial sobre o aniversário de um ano da morte de Renato Russo, e tomou depoimentos de Dado e Bonfá. Nascia aí a idéia do livro, que ele foi escrevendo nas horas vagas, aproveitando as férias para viajar ao Rio e a Brasília para realizar as entrevistas.

Na época em que tudo aconteceu, o jornalista ainda era menino. Mas, por volta de 1982, as suas duas irmãs mais velhas eram ligadas às turmas. "Minha irmã do meio, Fernanda, era amiga da Aninha, irmã do Dinho. Eu só queria saber de andar de bicicleta e jogar futebol de botão, mas gostava de rock e a gente acabou se conhecendo. Como eu não podia sair de casa, ainda era moleque, ficava ouvindo as fitas que elas traziam - algumas do Renato Russo ao violão, outras da Legião Urbana, da Plebe Rude...", conta. Anos depois, Paulo viraria vocalista da banda brasiliense Filhos de Menguele, cujo baterista era Digão, mais tarde guitarrista dos Raimundos.

O esquema da turma era a seguinte: quem ia para Londres - coisa comum, já que havia muitos filhos de diplomatas - trazia os discos recém-lançados do punk, que eram copiados pela turma em fitas cassetes. Não raro, eles também traziam fitas com os programas do radialista John Peel. Assim, as músicas do Clash, Sex Pistols, Damned e Stranglers (cujos discos levavam meses, às vezes anos, até serem lançados no Brasil) se disseminavam rapidamente entre a garotada, numa Brasília que ainda tinha jeito de cidade de interior. A Turma da Colina (Fê, Flávio, Renato Russo), a primeira na cidade a curtir o punk, acabou transmitindo o gosto para os cabeludos da 104 Sul (Herbert, Bi e Dinho, que por sinal estava escrevendo um livro sobre a Turma da Colina), que ainda viviam o rock progressivo.

Rockonhas

O livro conta algumas prosaicas histórias da turma, como quando Lôro e Gutje (baterista da Plebe) saíram andando pela cidade atrás de uma meninas punks de quem tinham ouvido falar. Ou então de quando Fê e Renato Russo disputavam os exemplares do jornal New Musical Express (a bíblia do punk) que chegavam à biblioteca da Cultura Inglesa."Falo das histórias de fim de semana, das Rockonhas [festas com som e erva que freqüentemente acabavam com a chegada da polícia], das brigas com os playboys, das bebedeiras", relata.

O volume está dividido em duas parte: A Turma e As Bandas. Na segunda, entram os nomes conhecidos e alguns nem tanto, como Aborto Elétrico (que deu origem à Legião e ao Capital) e Detrito Federal, além de outros absolutamente obscuros, como o Diamante Cor-de-Rosa, Oasis e Nirvana (sim, bandas homônimas das gringas, fundadas antes daquelas), que reaparecem numa cuidada árvore genealógica, que impressa em página quádrupla. Além disso, Paulo teve o cuidado de fazer uma lista das bandas favoritas da turma, como Buzzcocks, Talking Heads, Stranglers etc.

O Diário da Turma é um bolo cheio de cerejas, até para quem acha que conhece bem a história do rock de Brasília. Hermano Vianna, irmão de Herbert, deixou que se publicasse trechos de uma carta que Renato Russo havia mandado para ele. Além disso, o livro traz detalhes sobre a tentativa de suícidio do líder da Legião, em 1984, e algumas das mais de 500 fotos que Paulo arrecadou entre os entrevistados. "São aquelas fotos da turma, com enquadramento horrível. Mas tem coisas como o Bonfá, o Negrete e o André Muller no colégio, cinco anos antes de formarem suas bandas", conta.