A capela de Bom Jesus dos Perdões, ao redor da qual se formou o arraial dos Perdões, foi edificada por iniciativa do alferes português Romão Fagundes do Amaral e de Rubens Airão, na época da colonização, no séc. XVIII. Conta a tradição que Romão Fagundes, fugitivo da justiça, ofereceu a D. Maria I, em troca do seu perdão, um cacho de bananas todo em ouro maciço, originando-se, desse fato, a denominação de Perdões. O arraial de Bom Jesus dos Perdões figurava, em 1802, entre o termo da vila de São José, sendo elevado à categoria de freguesia em 1855, com o nome reduzido para Perdões . Passa a município em 1911, desmembrando-se de Lavras. Inspirando poetas e compositores, Perdões, situada entre vales e colinas, é conhecida como a "cidade da amizade".
Perdões não foi batizada, como comumente acontece com muitas cidades, com nomes indígenas, atividades básicas da região ou nome de heróis brasileiros.
A origem do nome do município está ligado a um acontecimento, entre a lenda e o possível, expressando sentimentos de fé, perdão e amor. Segundo a cultura regional, a história do município se mistura com a história de Romão Fagundes do Amaral, um português que veio foragido de sua terra em decorrência dos muitos crimes cometidos e que vivia pelo sertão à cata de ouro.
Certa época, descendo pelo Rio Grande, resolveu instalar-se na região, por ser um lugar seguro, onde viveu por muito tempo juntamente com seus escravos. Em pouco tempo enriqueceu.
Conta a lenda que uma de suas mãos era de prata. Demonstrando sua riqueza e poder, Romão Fagundes do Amaral costumava ofertar um saquinho de ouro em pó para a moça com quem desejava dançar.
Com o passar dos anos, Romão Fagundes do Amaral se arrependeu de seus inúmeros crimes cometidos, inclusive com o Fisco, e resolveu pedir perdão a El-Rey D.Manoel, mandando-lhe de presente um cacho de bananas de ouro maciço.
El-Rey concedeu-lhe mil perdões, livrando-o da forca, e Romão Fagundes do Amaral tornou-se um indivíduo exemplar.
Conta ainda a lenda, que ao receber o perdão da Corte, Romão Fagundes do Amaral batizou a terra que o recebeu com o nome de Senhor Bom Jesus dos Perdões, em meio a uma grande comemoração com fogueiras e foguetes. Na mesma época construiu uma capelinha, parte da Matriz, que permanece intacta até os tempos atuais. Ofereceu também ao lugarejo uma imagem do Senhor Bom Jesus, que se tornou o Padroeiro da cidade.
Perdões é um nome respeitado, pela mensagem que encerra e pelo conteúdo.
Há, no entanto, outras versões sobre o fato. O assunto merece e precisa ser estudado. É claro que em todas elas o personagem principal é Romão Fagundes do Amaral, fundador de Perdões, em Minas Gerais.
Fonte: Secretaria da Cultura de Perdões
Perdões e foda
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