A crise do Antigo Regime, no século XVIII, foi produto das próprias contradições internas do sistema, que se originaram da profunda inadequação entre a importância econômica da burguesia e a posição secundária que ocupava na estrutura da sociedade estamental. Por esse motivo, a burguesia tornou-se a principal inimiga dos privilégios da nobreza, entre os quais se incluía a isenção de impostos, e também do Estado Absoluto, que controlava a vida econômica e excluía de qualquer participação na vida prática.
Em virtude dessas contradições, a burguesia começou a criticar o Antigo Regime, através de intelectuais filósofos e economistas, representantes de sua classe, que deram origem a uma poderosa corrente de pensamento conhecida como iluminismo ou ilustração. O Antigo Regime era agora criticado em seu fundamento, ao mesmo tempo em que a burguesia lançava seu projeto revolucionário da reorganização social. Dessa maneira, os filósofos ilustrados, como Montesquieu, Diderot e Jean-Jacques Rousseau, opuseram à sociedade estamental e ao injusto sistema de privilégios a igualdade de todos perante a lei. Contra o absolutismo monárquico, sustentavam a existência de um governo representativo, na forma de uma monarquia constitucional e parlamentar, ao mesmo tempo, como François Quesney.
Os economistas, como Quesney e Smith, propuseram, no lugar do mercantilismo, uma política econômica liberal, preconizando o fim da intervenção do Estado na economia, das barreiras alfandegárias que dificultavam a livre circulação de mercadorias. Apesar da tradicional intolerância religiosa e da rigorosa censura imposta pelo Estado, os filósofos das Luzes difundiram o ideal da liberdade religiosa, de pensamento e expressão.
No plano colonial, os ideais libertários do Iluminismo, evidentemente foram assimilados segundo as aspirações próprias dos colonos. Veja que o iluminismo fora interpretado como um ideal anticolonialista e emancipador na América.
Por suas características, o iluminismo pouco alcance nas colônias americanas. O principal elemento limitador foi o escravismo, que, não sendo imediatamente abolido, anulava os ideais de igualdade jurídica e liberdade. Mesmo assim, os princípios libertários do pensamento ilustrado foram intensamente difundidos nas colônias americanas e, embora num sentido diferente daquele verificado na Europa, contribuíram para o desenvolvimento de movimentos revolucionários. No Brasil, a presença do Iluminismo foi notada claramente na Inconfidência Mineira e na Conjuração Baiana.
Em razão da crise do Antigo Regime no final do século XVIII e início do século XIX, a manutenção deste tornou-se praticamente impossível. O novo rumo tomado pela história determinou o alijamento de Portugal do comércio brasileiro. Assim, o historiador Nelson Werneck Sodré afirma que, por volta de 1805, ainda sob o pacto colonial, no porto do Rio de Janeiro foi registrada a presença de 810 navios portugueses, em 1808 o número aumentou para 1214 navios. Continua Werneck Sodré “quase de súbito e no maior atropelo, tomaram-se as providências para embarque da Corte, quando as notícias da aproximação de das tropas de Napoleão traziam alarma a toda população. Foi um salve-se-quem-puder trágico, amargo, característico do nível de degradação a que chegaram ao reino de Portugal sob o governo bragantino e de uma classe feudal inepta e corrupta”. Portanto a fuga da Corte, em 1808, trouxe enormes conseqüências para o Brasil: como a ruptura do pacto colonial, mas também o seu ingresso direto na esfera de domínio da Inglaterra.
Em virtude dessas contradições, a burguesia começou a criticar o Antigo Regime, através de intelectuais filósofos e economistas, representantes de sua classe, que deram origem a uma poderosa corrente de pensamento conhecida como iluminismo ou ilustração. O Antigo Regime era agora criticado em seu fundamento, ao mesmo tempo em que a burguesia lançava seu projeto revolucionário da reorganização social. Dessa maneira, os filósofos ilustrados, como Montesquieu, Diderot e Jean-Jacques Rousseau, opuseram à sociedade estamental e ao injusto sistema de privilégios a igualdade de todos perante a lei. Contra o absolutismo monárquico, sustentavam a existência de um governo representativo, na forma de uma monarquia constitucional e parlamentar, ao mesmo tempo, como François Quesney.
Os economistas, como Quesney e Smith, propuseram, no lugar do mercantilismo, uma política econômica liberal, preconizando o fim da intervenção do Estado na economia, das barreiras alfandegárias que dificultavam a livre circulação de mercadorias. Apesar da tradicional intolerância religiosa e da rigorosa censura imposta pelo Estado, os filósofos das Luzes difundiram o ideal da liberdade religiosa, de pensamento e expressão.
No plano colonial, os ideais libertários do Iluminismo, evidentemente foram assimilados segundo as aspirações próprias dos colonos. Veja que o iluminismo fora interpretado como um ideal anticolonialista e emancipador na América.
Por suas características, o iluminismo pouco alcance nas colônias americanas. O principal elemento limitador foi o escravismo, que, não sendo imediatamente abolido, anulava os ideais de igualdade jurídica e liberdade. Mesmo assim, os princípios libertários do pensamento ilustrado foram intensamente difundidos nas colônias americanas e, embora num sentido diferente daquele verificado na Europa, contribuíram para o desenvolvimento de movimentos revolucionários. No Brasil, a presença do Iluminismo foi notada claramente na Inconfidência Mineira e na Conjuração Baiana.
Em razão da crise do Antigo Regime no final do século XVIII e início do século XIX, a manutenção deste tornou-se praticamente impossível. O novo rumo tomado pela história determinou o alijamento de Portugal do comércio brasileiro. Assim, o historiador Nelson Werneck Sodré afirma que, por volta de 1805, ainda sob o pacto colonial, no porto do Rio de Janeiro foi registrada a presença de 810 navios portugueses, em 1808 o número aumentou para 1214 navios. Continua Werneck Sodré “quase de súbito e no maior atropelo, tomaram-se as providências para embarque da Corte, quando as notícias da aproximação de das tropas de Napoleão traziam alarma a toda população. Foi um salve-se-quem-puder trágico, amargo, característico do nível de degradação a que chegaram ao reino de Portugal sob o governo bragantino e de uma classe feudal inepta e corrupta”. Portanto a fuga da Corte, em 1808, trouxe enormes conseqüências para o Brasil: como a ruptura do pacto colonial, mas também o seu ingresso direto na esfera de domínio da Inglaterra.
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