terça-feira, 29 de junho de 2010

Reforma Política - Parte 1 – O Sistema de Governo

A Forma de Estado depende da classificação doutrinária: Estado Unitário ou Estado Federado. O Brasil é um Estado Federado.

Forma de Governo: O Brasil adota a forma republicana.

De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (Direito Administrativo Descomplicado. Impetus. 2007. pág. 13): “O conceito de forma de governo está relacionado com a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. Se a forma de governo for caracterizada pela eletividade e pela temporariedade dos mandatos do Chefe do Executivo, teremos a República; caso estejamos diante de um governo caracterizado por sua hereditariedade e vitaliciedade, teremos a Monarquia.”

Sistema de Governo: O Brasil adota o regime presidencialista.

De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (Direito Administrativo Descomplicado. Impetus. 2007. pág. 12): “A forma com que se dá a relação entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo no exercício das funções governamentais consubstancia outro importante aspecto da organização estatal. A depender do modo como se estabelece esse relacionamento, se há uma maior independência ou maior colaboração entre eles, teremos dois sistemas (ou regimes) de governo: o sistema presidencialista e o sistema parlamentarista.”

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Alguns pontos para se discutir uma Reforma Política: contribuição para o debate

A reforma política não pauta as discussões do Congresso Nacional. Passa longe, muito aquém das intenções. Entretanto, o comportamento institucional do Legislativo a mercê da ação pública do momento, não canaliza de forma eficiente os anseios da sociedade. Ainda que as demandas sociais apontem para este tema a classe política se omite.

Contudo, para não perder a chance de criticar o assunto, farei um esboço dos principais pontos de uma reforma política, como financiamento público de campanha, cláusula de barreira, voto distrital, entre outros que tramitam no Congresso sem serem votados.

Embora tratem-se de temas recorrentes nas discussões acaloradas do meio político há muitas opiniões divergentes, mesmo entre cientistas políticos ou nas agremiações partidárias. Ainda que o tema esteja há um bom tempo na mídia, o desconhecimento é imenso para grande parte da população. O certo é que pouco se avançou, pois não houve o debate. Portanto, para tratar desse tema é necessário estabelecer quais os pontos que são realmente essenciais, quais são os secundários e quais os que representariam um retrocesso político.

Diante dos possíveis pontos de vista que envolve uma reforma política encontram-se alguns motes que merecem destaque. Primeiramente, a definição do voto obrigatório ou não. Na verdade, voto obrigatório não existe. O que existe é a obrigatoriedade de o cidadão alistar-se como eleitor, habilitando-se a votar. Isso não quer dizer que ele seja obrigado a votar. O eleitor pode abster-se de votar, justificando a ausência, pode anular o voto e pode votar em branco. A obrigatoriedade do alistamento eleitoral tem um papel positivo para o fortalecimento da democracia no País, além de ter se transformado em estímulo à participação popular no processo político, valorizando a cidadania e despertando interesse em discutir os problemas do Brasil.

A cláusula de barreira, ponto crucial no debate, exclui dos cargos na Mesa e das Comissões os partidos que não obtiverem uma porcentagem x dos votos válidos para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos x estados, com no mínimo x% dos votos em cada um deles. O partido que não alcançar a cláusula de barreira não terá participação no fundo de financiamento partidário e não terá acesso ao rádio e à televisão para expor seu programa e suas candidaturas em eleições futuras. É uma medida que visa reduzir o número de partidos políticos, inviabilizando a representação parlamentar dos pequenos agrupamentos partidários, entre os quais aparecem legendas de aluguel. O pretexto para a inclusão da cláusula de barreira na legislação partidária é que a existência de pequenas bancadas no Congresso e a dispersão partidária representariam um obstáculo para a formação de maiorias sólidas para votação de questões relevantes na legislação. A proibição das coligações para as eleições proporcionais, ponto crítico do debate, já que ficariam proibidas as coligações nas eleições proporcionais. No caso das eleições majoritárias o candidato da coligação teria apenas o tempo destinado ao partido com maior representação na Câmara. É uma espécie de reforço para a cláusula de barreira.

Outro dispositivo que merece debate é o financiamento público de campanha. Os partidos e candidatos ficariam proibidos de receber contribuições (doações) de pessoas físicas ou jurídicas. Em ano eleitoral, será destinada pelo Orçamento da União ao TSE verba destinada ao financiamento de todas as campanhas eleitorais. A divisão dos recursos seguirá o tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados. É uma medida vista como solução para impedir a prevalência do poder econômico nas disputas eleitorais, manifestado na maior possibilidade de eleição daquele candidato que tem mais recursos financeiros. E por fim, nada impedirá que partidos e candidatos busquem recursos por fora para suas campanhas, pois será praticamente impossível controlar e fiscalizar uma eleição de porte como é a brasileira, com dezenas de milhares e até centenas de milhares de candidatos, como é o caso das eleições municipais.

A adoção de Listas fechadas nas eleições de vereador, deputado estadual e federal, o eleitor votaria apenas no partido e não mais em candidatos como é hoje. Com base nos votos válidos, definem-se as cadeiras que o partido vai ocupar na Câmara dos Deputados, nas assembléias legislativas e nas câmaras municipais. Os escolhidos serão os indicados em uma lista preparada pelos partidos, definidos em convenção partidária com voto direto e secreto. Na lista fechada, o partido é quem dá as cartas: ele apresenta uma lista de candidatos ordenada e os deputados são eleitos nessa ordem conforme o número de votos que o partido receba. Assim, a tendência é que os partidos listem candidatos mais idôneos, ou seja, a pressão popular por esse tipo de candidato será mais sentida. Outro fato positivo é que assim se força uma maior identificação do eleitor com o partido, tirando espaço de partidos nanicos e oportunistas, deixando a eleição mais organizada. O lado negativo é que o eleitor não tem poder de decisão e, com isso, corre-se o risco de se elegerem sempre os mesmos caciques para as cadeiras legislativas. Mas de nada adianta a discussão sem uma regulação em torno da fidelidade partidária. Atualmente, elege-se uma bancada, mas quem governa é outra. Poucos são os países em que se adota a lista aberta, mas a tradição brasileira é muito personalista.

Merece atenção especial o voto distrital puro ou misto. Por esse mecanismo, o município e o estado são divididos em distritos. Em vez de serem eleitos 10 vereadores e 50 deputados estaduais com votos em todos os municípios ou estado, por exemplo, o município é dividido em 10 distritos e cada um deles elege um vereador. O mesmo se dá no estado, que será dividido em 50 distritos e cada um elege um deputado federal. O voto distrital também pode ser misto, sendo parte eleita pelo sistema atual e apenas parte pelo sistema distrital. Este instituto não mudaria muito do que vigora hoje, haja vista que cada deputado federal acaba sendo eleita por dois ou três municípios na maior parte do Brasil.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Jimi Hendrix - Here my train a coming

Jimi Hendrix foi o maior guitarrista da história, inventou um novo estilo de tocar e com essa execução sedimentou sua carreira. Vale a pena ouvir!
Para acessar clique no link abaixo.

Aos filhos do Chico Neves

Tirando os que já se foram, esses são os meus espelhos: tio Roberto, tio Pablito, tia Regina e mamãe. São irmãos, mineiros de São João Del Rei e avós. Têm muito a nos ensinar e temos muito o que aprender com eles. Faço portanto uma singela homenagem aos meus gurus. Obrigado pro tudo!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Francisco com arte

























Fotos: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Fortaleza - CE, jan. 2010

Amigos do rock'n'roll

Foram mais de 20 anos dedicados exclusivamente ao rock'n'roll. Eu e meu parceiro Luizinho "Tim" tacomos em vários projetos, dentre eles a banda MANDRUVAH. Especializada a relembrar os clássicos do gênero a banda tocou Elvis, Doors, Beatles, Stones, Peter Frempton, Lynyrd Skynyrd, Eric Clapton, AC/DC, Leny Kravitz, Creedence, Stevie Wonder, Deep Purple, Raul e Roberto Carlos.

Foto Show Gate's Pub 2007

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A mídia e a opinião pública

Não existe poder maior no mundo de hoje do que aquele exercido pelos manipuladores da opinião. Leia-se imprensa.

Livre mercado ou concentração de propriedades? Como explicar os grandes conglomerados da mídia, às vezes multinacionais, com amplo processo de concentração de capitais dominarem a oferta de seus produtos no mercado?

Empresas do capitalismo monopolista que incorporaram importantes fusões não faltam: a Time Life juntou-se com a Warner, e, em seguida com a Internet AOL. A Time Warner, Inc. hoje é o segundo maior ímpério da mídia internacional. O presidente e diretor administrativo é judeu. A subsidiária da Time Warner HBO é a maior rede de TV a cabo paga do país. A Sony incorporou estúdios de cinema e TV, consolidando a convergência virtual típica dos dias de hoje - telefonia, internet e TV a cabo. Esse último, permite vários pacotes e programações variadas como canais de entretenimento, notícias, filmes, e jogos, por exemplo.

No Brasil, Assis Chateubriand criou o Diário dos Associados - grupo poderoso ainda hoje - e viabilizou a TV Tupi. Entretanto, na década de 1960, especialmente após o golpe de 1964, a Rede Globo, em parceria com os militares, aproveitou a oportunidade dada para se consolidar como a principal emissora de TV do país. De lá para cá, a Globo ocupou posição central no sistema brasileiro de mídia e tornou-se protagonista de muitos eventos, inclusive os ligados à política. Para Lembrar: o esquema destinado a afundar a vitória de Leonel Brizola no Rio de Janeiro em 1982; a colaboração para eleição de Fernando Collor em 1989; em 1994, um Ministro de Estado, foi flagrado, através de uma falha técnica, explicando a parceria da Globo com o governo FHC.

Depois dos noticiários da TV, os jornais diários são o meio de informação mais influente nos Estados Unidos. Sessenta milhões deles são vendidos diariamente. Estes milhões estão divididos entre aproximadamente 1.500 publicações diferentes. Hoje, a maioria dos jornais "locais" é propriedade de um número relativamente pequeno de grande companhias controladas por executivos que vivem e trabalham a centenas ou até a milhares de quilômetros de distância. O fato é que apenas 25% dos 1.500 jornais do país são independentes; o resto pertence a cadeias de vários jornais.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Robert Johnson

Momento de rara beleza. Ouça a combinação inusitada do repente brasileiro com o old blues. O gaitista Flávio Guimarães propõe uma conexão americana do Mississipi ao Capibaribe, dos campos de algodão ao cultivo da cana-de-açúcar. Esta música é fruto de uma longa trajetória geográfica e musical.

Para acessar a música é só clicar no link abaixo:

O accontability das políticas públicas no Brasil


FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS – FGV
ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – CIPAD-8

A Gestão Pública e Social e o accontability no Brasil

Disciplina: GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Professor: Doutor PAULO EMÍLIO MATOS MARTINS

Componentes:
FERNANDO NEVES F. BANHOS
GLAUCE PEREIRA FALCO
MARCUS AURELIUS ARAGÃO VERAS

I - INTRODUÇÃO:

O presente trabalho tem por finalidade demonstrar a importância do accontability, na gestão das políticas públicas e sociais.

Parte-se da evolução histórica brasileira, no trato da democrática e a participação social das ações públicas e o seu controle, inserindo-se o pressuposto da transparência no desenvolvimento e implementação das políticas do Estado.

II – O ESTADO DEMOCRÁTICO E O INTERESSE DE ACCONTABILITY - VISÃO HISTÓRICA:

O Estado Democrático de Direito se caracteriza como aquele submetido ao direito, cujos poder e atividade estão regulados pela lei como expressão da vontade geral. Contudo, somente o fato de o Estado se submeter à lei não seria suficiente para a plena caracterização do regime democrático, posto que, se não estiver assegurada a necessária submissão à vontade popular e aos fins propostos pelos cidadãos, o Estado não cumprirá sua principal função, que é construir uma sociedade livre, justa e solidária.[1] Ponto fulcral neste debate é que quanto mais avançado o estágio democrático, maior o interesse pela accontability. Valores como igualdade, dignidade humana, participação e representatividade, por exemplo, são indicadores positivos da ascensão ao Estado Democrático de Direito. De outro modo, a inexistência de controle e penalidades aplicáveis ao serviço público enfraquece o ideal democrático de governo.[2] Para melhor definição e avaliação das políticas públicas é fundamental a compreensão das concepções de Estado e de política que sustentam tais ações e programas de intervenção, da estrutura institucional e seu processo de financiamento e gestão.

Somente a partir de 1930 é que são implementadas, pela primeira vez no Brasil, políticas de gestão pública, não apenas como perspectivas à administração, mas como técnica inspirada no modelo burocrático da autoridade racional-legal weberiana. Da mesma forma, os direitos políticos e civis foram concedidos a essa época, destacando-se o sufrágio universal e o direito de voto à mulher. No campo social é criado o Ministério do Trabalho, a CLT, a carteira de trabalho, a jornada de oito horas, além do salário mínimo. Vargas criou um órgão de assessoramento imediato ao Presidente da República, que o auxiliaria no processo de reforma burocrática, o DASP, responsável pela profissionalização das carreiras do serviço público. Todavia, esse novo modelo de Estado caracterizava-se por um vasto poder de intervenção na ordem econômica e social, de modo que o caráter patrimonialista – viés autoritário dessa modernização burocrática – privilegiaria ações privadas em detrimento das públicas.

Mais tarde, questões relacionadas com a modernização da gestão pública continuavam vigentes, porém centradas em outros objetivos, destinadas a atender de forma mais eficiente o Plano de Metas, que consistia no investimento em áreas prioritárias para o desenvolvimento econômico, como infraestrutura e indústria. Contudo, de Jânio a Jango, tensões sociais dominaram o cenário político e predominava a ambivalência na administração pública, que se subordinaria ao golpe militar de 1964.[3]

Semelhante a Vargas os militares propuseram reformas administrativas como base legal o Decreto-Lei nº 200, que balizava a descentralização das atividades do setor público, a expansão das empresas estatais, e baseava-se em mecanismos de gestão do setor privado. Neste período foi criado o INPS, o FGTS, o BNH e o Funrural. O Programa Nacional de Desburocratização, cujo objetivo era simplificar o funcionamento do aparelho burocrático do Estado no governo Figueiredo não alcançou o que se pretendia.[4] O período pós-Nova República foi marcado por uma grande paralisia na gestão pública, no entanto, a Constituição Federal de 1988 institucionalizou a participação da sociedade na gestão das políticas públicas, conselhos, orçamento participativo e plebiscito são exemplos dessa abertura.[5]

Não obstante, após vinte anos de ditadura, o primeiro presidente eleito pelo voto direto distanciou-se das instituições públicas e teve seu legado messiânico maculado por um processo de impeachment. Sua gestão marcou tragicamente a administração pública por meio de uma reestruturação sem critérios racionais de controle. Essa tentativa de reforma desestruturou todo o aparato administrativo e agravou a ineficiência estatal. Na gestão FHC, entretanto, foram definidas mudanças através do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado que acabou tornando obsoleta a administração pública, dada a quantidade de propostas de reformas estruturais no campo das finanças, da previdência e do sistema institucional-legal.[6] A meta do governo era reduzir seu tamanho, e instituir o Estado mínimo.

II – VISÃO CRÍTICA:

Em todos esses casos o valor político accontability é muito baixo, visto que a capacidade dos cidadãos de agir na definição das metas coletivas de sua sociedade é quase nula. Embora a Constituição de 88 garanta o acesso à cultura, ao trabalho, ao bem-estar social, entre outros, não seria demais acreditar que tais direitos nunca valeram para todos. Foram anos de intervenções políticas e descaso com a gestão da participação pública. A “pobreza política”, segundo Campos, decorre da expectativa do povo na condição de tutelado e do Estado como tutor, uma vez que as pessoas optam por esperar que o Estado defenda e proteja seus interesses não organizados[7].

A recuperação dos valores fundamentais, tais como cidadania, liberdade e justiça social são a saída para a crise política, pois como menciona Anna Maria Campos, “a impotência política deriva da falta de organização da população”. Quanto à gestão pública, os governos ainda reverenciam critérios particularistas, clientelistas e dominam as indicações para cargos de confiança. O serviço público ainda continua altamente vulnerável à politicagem, posto que o emprego público ainda funciona como moeda de troca no jogo político. Há uma relação de casualidade entre desenvolvimento político e a competente vigilância no serviço público. Portanto, quanto menos amadurecida a sociedade, menos provável que ela se preocupe com a accontability.[8] Apesar dos esforços de mudanças no aparelho burocrático do Estado, as transformações ainda estão por vir.

Outra forma de participação social que merece destaque é o associativismo, ou a participação da sociedade em movimentos sociais organizados, aproximando os cidadãos das decisões que são tomadas e os transformando em atores das políticas públicas.

II – CONCLUSÃO:

As mudanças nos conceitos e valores relacionados à gestão pública que ocorreram no Brasil e no mundo nos últimos anos, e tendo em vista o posicionamento de Tenório e Saraiva, em “Escorços sobre Gestão Pública e Gestão Social”, percebe-se que a administração pública, independente dos diversos conceitos apresentados, tem como fundamento o interesse público, que, por sua vez, caracteriza a gestão social.

Os autores citam Norberto Bobbio com a seguinte definição: “Administração Pública designa o conjunto das atividades diretamente destinadas à execução das tarefas ou incumbências consideradas de interesse público ou comum, numa coletividade ou numa organização estatal” (BOBBIO, 1998).

Desta forma, merece destaque a gestão social como parte da gestão pública, no sentido de que ela seja voltada aos interesses da sociedade. Neste sentido, considera-se, também, que as decisões tomadas por todos os gestores públicos devem estar diretamente relacionadas às necessidades da sociedade. Por isto, torna-se relevante a inserção da accountabiliby como conceito inerente à gestão social, já que ela designa a necessidade de prestação de contas por parte dos gestores públicos.

O certo é que se deve dar transparência às políticas públicas e às decisões governamentais à sociedade, para que seja verificado o atendimento ao interesse público, assim sendo possível aos cidadãos a participação no processo de implementação, bem como o controle, de forma positiva, das decisões governamentais e o desencadeamento e desenvolvimento das políticas públicas brasileiras.

Referências Bibliográficas

FRIEDE, Reis. Curso de ciência política e teoria geral do Estado. 3ª ed. Forense Universitária. 2006, p. 244

Campos, Anna Maria. ‘Accontability’: Quando poderemos Traduzi-la para o português? In: Revista da Administração Pública, Rio de Janeiro, N 24 (2): fev/abr 1990

MARTINS, Paulo Emílio Matos e PIERANTI, Octavio Penna, Estado e Gestão Pública: Visões do Brasil contemporâneo, Rio de Janeiro. ed. FGV, 2006

PINHO, José Antonio Gomes de and SACRAMENTO, Ana Rita Silva. ‘Accountability’: já podemos traduzi-la para o português?. Rev. Adm. Pública [online]. 2009, vol.43, n.6, pp. 1343-1368. ISSN 0034-7612.

BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política. Brasília: UnB, 1998.


[1] FRIEDE, Reis. Curso de ciência política e teoria geral do Estado. 3ª ed. Forense Universitária. 2006, p. 244
[2] CAMPOS, Anna Maria. ‘Accontability’: Quando poderemos Traduzi-la para o português? In: Revista da Administração Pública, Rio de Janeiro, N 24 (2): p. 36 fev/abr 1990
[3] MARTINS, Paulo Emílio Matos e PIERANTI, Octavio Penna, Estado e Gestão Pública: Visões do Brasil contemporâneo, Rio de Janeiro. P. 117 ed. FGV, 2006
[4] CAMPOS, Anna Maria. ‘Accontability’: Quando poderemos Traduzi-la para o português? In: Revista da Administração Pública, Rio de Janeiro, N 24 (2): p. 41 fev/abr 1990
[5] PINHO, José Antonio Gomes de and SACRAMENTO, Ana Rita Silva. ‘Accountability’: já podemos traduzi-la para o português?. Rev. Adm. Pública [online]. 2009, vol.43, n.6, pp. 1354. ISSN 0034-7612.
[6] MARTINS, Paulo Emílio Matos e PIERANTI, Octavio Penna, Estado e Gestão Pública: Visões do Brasil contemporâneo, Rio de Janeiro. P. 122 ed. FGV, 2006
[7] PINHO, José Antonio Gomes de and SACRAMENTO, Ana Rita Silva. ‘Accountability’: já podemos traduzi-la para o português?. Rev. Adm. Pública [online]. 2009, vol.43, n.6, pp. 1343-1368. ISSN 0034-7612.
[8] CAMPOS, Anna Maria. ‘Accontability’: Quando poderemos Traduzi-la para o português? In: Revista da Administração Pública, Rio de Janeiro, N 24 (2): pp. 39 a 48 fev/abr 1990

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O cool jazz de Miles Davis e John Coltrane

O insuperável Miles Davis em seu grande momento
do LP Kind of Blue - a música So What
Para acessar, basta clicar:

Por mais de 40 anos, Miles Davis reinventou o jazz. Participou do bebop e fundou o cool jazz. Enquanto o bebop tinha como ponto forte a composição e o improviso, o cool jazz caracterizou-se por formações maiores que permitissem arranjos orquestrais. Participou também do jazz modal, do jazz-rock e do fusion - o acid jazz.

terça-feira, 8 de junho de 2010

De Brasília a Tiradentes

Minha estória começa em Brasília
E recomeça em Tiradentes.

De Brasília a Tiradentes está o rincão da minha terra,
Esconderijo de índio dissidente da tribo.

Entre trilhas e vertentes, chego à velha Tiradentes,
Cerrado ilibado de tortuosas filas, saio da nova Brasília.

À Minha mãe

Mãe... São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...
E nelas cabe o infinito.

Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus!

(Mário Quintana)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O Navio Negreiro

Na quinta parte, novamente em heptassílabos, o poeta faz um retrocesso temporal, descrevendo a vida livre dos africanos em sua terra. Cria, assim, um contraponto dramático com a situação dos escravos no navio. Na última estrofe Castro Alves retoma os decassílabos do início para protestar com veemência contra a crueldade do tráfico de escravos:

Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?

Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...

Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!

Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

Trecho final de O Navio Negreiro do genial Castro Alves

terça-feira, 1 de junho de 2010

O valor das coisas

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"


(Fernando Pessoa)